sexta-feira, 29 de abril de 2011

Em Sarandi (PR), dia nacional de luta é marcado por manifestação pública

Em Sarandi (PR), dia nacional de luta é marcado por manifestação pública

Phill Natal, de Sarandi (PR)

• Assim como em todo Brasil, os trabalhadores e estudantes que não cruzaram os braços frente aos ataques dos governos Dilma (PT), Beto Richa (PSDB) e Carlos de Paula (PDT), saíram às ruas para denunciar os cortes no orçamento Federal e estadual, assim como a política privatista do município de Sarandi.

O ato, que fez parte do Dia Nacional de Lutas, nesse dia 28 de abril, se iniciou em frente à prefeitura e foi organizado na cidade pelas entidades: CSP- Conlutas, Intersindical, ANEL, Grêmio Estudantil do Colégio Panorama, Movimento dos Trabalhadores por Moradia, Oposição APP-Sindicato e pelos partidos PSTU, PSOL e PCB.
Os manifestantes reivindicaram respostas da prefeitura sobre a pauta entregue no último ato realizado na cidade, que tinha em seu conteúdo: a aprovação do projeto de iniciativa popular que cobra do governo a reestatização do aterro sanitário doado à iniciativa privada pelo antigo prefeito Cido Spada (PT), o fim da taxa do lixo criada na cidade e do aumento absurdo do IPTU, maior infra-estrutura para as áreas sociais como saúde, educação e moradia.
Também denunciaram o Fórum intitulado Lixo e Cidadania que está sendo promovido na cidade e que legitima a entrega do aterro e suas cobranças abusivas. Além disso, denunciaram o eminente despejo de diversas famílias que De Paula quer realizar no município.
Após entregar novamente um documento à Prefeitura cobrando respostas, o ato seguiu para a Praça Central da cidade onde ocorria o tal Fórum para demonstrar ao governo local que este espaço não representa o conjunto da população sarandiense.

O Papel da Prefeitura
Como de costume, o prefeito mandou seus cargos de confiança se infiltrar na manifestação. O mesmo sujeito que compareceu nas últimas manifestações apenas para tumultuar, veio ao ato com uma faixa e nariz de palhaço na tentativa de desmoralizar os manifestantes. Contudo, estes responderam a altura dando uma bela vaia.

Ato Político
Por fim, para encerrar as atividades do Dia Nacional de Lutas na cidade, as entidades convocadoras se dirigiram para o Plenário da Câmara de Vereadores onde realizaram um debate sobre a conjuntura atual e a necessidade de luta dos trabalhadores e da juventude.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Entidades organizam: Dia Nacional de Lutas

DIA NACIONAL DE LUTAS
PARTICIPE DAS
MOBILIZAÇÕES
O governo Dilma (PT) acaba de completar três meses, mas, apesar
do pouco tempo, já ficou clara sua política de ataques aos trabalhadores
e à maioria do povo. Foi assim com o aumento absurdo no salário dos
políticos do Congresso, principalmente se compararmos com o reajuste
abaixo da inflação para o salário mínimo, com o aumento dos juros e as
medidas contrárias aos direitos do funcionalismo público federal,
especialmente a proposta de congelamento dos salários dos servidores.
A presidente realizou ainda o maior corte da história no orçamento da
União, no total de
verbas nas áreas sociais, como saúde, educação e programas sociais.
50 bilhões de reais, atingindo principalmente as
No Paraná
discurso do ajuste fiscal e do corte de gastos, o que para os
trabalhadores e para a juventude significa: cortar verbas sociais e
investimentos em educação.
servidores da educação estadual que estão em plena campanha salarial
e sentem no orçamento de cada mês os ataques do governo. Enquanto
isso, as universidades estaduais tiveram um corte no custeio de 38%,
ainda, no governo do PMDB (Pessuti/Requião).
o governo Beto Richa (PSDB) inicia seu mandato com oExemplo disso é a realidade dos
ministro
Guido Mantega
CONTRA OS ATAQUES DOS PATRÕES E DO GOVERNO!
VAMOS JUNTOS UNIFICAR AS
LUTAS
Em Maringá o governo do PP (família Barros) está desmantelando a
“cidade canção” e a entregando para o setor privado. A TCCC deve
vencer fácil a licitação do transporte coletivo para ter o monopólio
privado por 40 anos, ao mesmo tempo, em que o prédio da antiga
rodoviária é também entregue para a iniciativa privada. Já em Sarandi,
o governo De Paula (PDT) promove um Fórum intitulado lixo e cidadania,
ao mesmo tempo em que dobrou a taxa do lixo e a cidade está um
verdadeiro caos, sem infra-estrutura de asfalto, saneamento básico,
transporte coletivo, sem investimentos em saúde e sem escolas
suficientes para nossas crianças e jovens. Enquanto isso, as empresas
privadas do lixo continuam mandando nos rumos da cidade e o projeto
de iniciativa popular que luta pela reestatização do sistema do lixo e pelo
fim das taxas ilegais encontra-se parado na Câmara Municipal. Não
faltam motivos para sairmos à luta. O objetivo das entidades de
oposição à esquerda ao governo é unificar, num mesmo dia de luta,
todas as mobilizações das campanhas salariais com as mobilizações do
movimento popular e estudantil. Precisamos organizar um amplo
movimento nacional que derrote os ataques dos patrões, do governo
Dilma, dos governos estaduais e das prefeituras, e que conquiste nossas
reivindicações. Em nossa Região o
Sarandi, que tem propiciado importantes lutas populares como a do lixo
e da moradia popular, que precisam ser unificadas com as lutas do
ato de 28 de abril, acontecerá em
conjunto dos trabalhadores
estão em campanha salarial, além da
, como os servidores estaduais quejuventude.
Aprovação imediata do projeto de iniciativa popular contra a vinda do lixo e pela reestatização
PROGRAMAÇÃO:
28 DE ABRIL
ATO POLÍTICO DAS ENTIDADES NA CÂMARA MUNICIPAL DE SARANDI
CONCENTRAÇÃO EM FRENTE À PREFEITURA DE SARANDI
19:00 h
16:00 h
Suspensão imediata da cobrança das taxas ilegais
Construção de 6.000 moradias populares em regime de mutirão e sem empreiteiras
Construção imediata do Colégio Alvamar I
Indenização conforme os preços de mercado para as famílias do Mutirão
Mais verbas para o serviço público; pela valorização do servidor
Aumento de salário imediato para os servidores rumo ao valor mínimo estipulado pelo DIEESE (R$
2.200,00)
Por um plano de saúde público, que realmente satisfaça as necessidades do trabalhador
Pela contratação imediata via concurso público
(quinta-feira)
CSP Conlutas – Intersindical – Movimento dos Trabalhadores por Moradia – ANEL
Grêmio do Colégio Panorama – PSTU – PSOL – PCB – Oposição APP-Sindicato

28 de abril -

segunda-feira, 11 de abril de 2011

CIDO SPADA NÃO É DIFERENTE DO PT

Muitos petistas honestos de Sarandi tem comemorado a saída de Cido Spada, como a tábua de salvação do PT como um partido de luta e que representaria os interesses da classe trabalhadora. Mas, a saída de Spada representa somente apenas mais um episódio da crise política desse partido que, nacionalmente, aplica e aprofunda contra os trabalhadores a mesma política do PSDB e outros governos burgueses.

Para se ter uma idéia o governo Dilma cortou do orçamento federal 50 bilhões de reais o que, todos sabem, significará piora dos serviços públicos e cortes em áreas fundamentais para a população, como saúde, educação e moradia.

Por outro lado, esse mesmo governo eleito com o apoio da classe trabalhadora aumentou os salários dos Deputados, Presidente e Ministros em 62%, enquanto o salário mínimo aumentou R$ 35,00 - no mesmo momento em que a inflação come o salário dos trabalhadores antes do final de cada mês.

O PT é um partido nacional e Sarandi não é uma ilha.

O PSTU teve uma polêmica importante com o PT na luta contra a vinda do lixo e pela reestatização do sistema de lixo e contra a cobrança ilegal e abusivas de taxas que não tem servido a melhorar a vida da população trabalhadora de nossa cidade.

Explicávamos para a população que o grande problema do IPTU e do lixo é o fato de que o prefeito De Paula (PDT - que é um partido da base aliada do PT) não governa para os trabalhadores e a juventude, mas para garantir os interesses privados dos donos das empresas de lixo, da saúde, que são os mesmos que financiam suas campanhas.

O problema é que no PT quem manda são os deputados, os prefeitos, governadores e a presidente: os filiados e os simpatizantes não tem qualquer poder de interferir na política desse partido que foi construído décadas atrás pelos trabalhadores.

O exemplo de Cido Spada é simbólico: não adianta sair do PT para resolver o problema da privatização do lixo e a série de problemas que ela tem causado à população trabalhadora da cidade, o problema é que o PT, pela forma como se organiza, não tem condições de ter independência política, afinal, quem financia esse partido não é mais a classe trabalhadora, mas os donos da Pajoan, da TCCC, das empreiteiras do PAC e outras empresas privadas da vida.

Aos trabalhadores a perspectiva de construir uma alternativa de luta e socialista.

Avanilson Araújo
Direção Estadual - PSTU-PR

sexta-feira, 8 de abril de 2011

URGENTE: SEPE CONVOCA PARALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO RIO, CONTRA A FALTA DE SEGURANÇA

O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação do Rio de Janeiro) convoca as escolas municipais do Rio para uma paralisação extraordinária de 24 horas neste dia 8, sexta-feira, com ato público na Cinelândia, às 10h. O objetivo desta paralisação é demonstrar a indignação dos profissionais de educação contra mais esse ato de violência em nossas escolas, representada por essa tragédia ocorrida hoje, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, com a morte, até agora, de 11 alunos, vítimas de um atirador.

O Sepe convoca as demais redes públicas e particulares de educação a se juntar ao ato na Cinelândia. O sindicato acredita que mais investimentos nas escolas públicas podem diminuir os riscos de repetição deste triste fato. Há uma carência na rede de milhares de profissionais especializados na segurança dos alunos, como porteiros e inspetores nas escolas públicas. Os governos não fazem concursos para cobrir esta carência.

A falta de segurança nas escolas municipais e estaduais do Rio vem sendo denunciada pelo Sepe há anos mas, infelizmente, os governos se recusam a discutir com a categoria o assunto. Dessa forma, o Sepe exige que o prefeito Paes e o governador, os respectivos secretários de educação do estado e município do Rio, e as autoridades de segurança de nosso estado discutam com os profissionais de educação como enfrentar esse grave problema.

Ainda há pouco, o prefeito Paes, em uma comprovação do que falamos, afirmou em entrevista coletiva que “escolas continuarão abertas”, sem especificar qualquer política de segurança.

Nos últimos anos, o Sepe já esteve algumas vezes no Ministério Público e na Câmara de Vereadores para denunciar o aumento da violência nas escolas públicas do Rio de Janeiro. O número de casos de violência dentro e no entorno das escolas tem aumentado de ano para ano: agressões a professores, brigas de alunos, balas perdidas resultantes de operações policiais ou confronto de quadrilhas de traficantes; todas estas ocorrências tem provocado ferimentos e até mortes de alunos e o sindicato tem denunciado às autoridades, mas, até o momento, nossas denúncias tem caído no vazio e as ocorrências continuam acontecendo.

Por conta deste fato, o Departamento Jurídico do Sepe está estudando entrar na Justiça contra as autoridades municipais (responsáveis pela rede municipal) e estaduais (responsáveis pela segurança pública) responsabilizando-as criminalmente pela lamentável tragédia ocorrida hoje pela manha na EM Tasso da Silveira.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

POLÊMICA: O QUE É ISSO, COMPANHEIRA LUCIANA GENRO?

Ex-deputada pelo PSOL, Luciana abre cursinho popular com dinheiro de empresas em Porto Alegre
PSTU-RS

Muitos militantes honestos da esquerda brasileira foram surpreendidos com denúncias oriundas da mídia burguesa acusando Luciana Genro de usar dinheiro de empresas para montar um curso de pré-vestibular em Porto Alegre. A revista Veja e outros meios de comunicação, vinculados aos grandes empresários brasileiros e à direita, aproveitaram o episódio para desmoralizar Luciana Genro – e, junto a isso, a própria esquerda brasileira que não se vendeu.

Reivindicamos a trajetória política de Luciana Genro. No entanto, somos críticos aos caminhos que a mesma vem percorrendo desde 2006 – quando aceitou dinheiro da Gerdau na campanha eleitoral –, em choque com as expectativas de milhares de trabalhadores vinculados à esquerda. Esse grave erro foi repetido nas campanhas de 2008 e 2010, quando a ex-deputada recebeu dinheiro da rede Zaffari e de outras empresas, as quais financiam seu projeto Emancipa.

Alertamos várias vezes que a degeneração do PT e do PCdoB vem, diretamente, da aceitação de dinheiro dos empresários, da mesma forma que a sobrevivência dessas organizações deve-se ao dinheiro do parlamento. Esse é um caminho que poderá levar à adaptação política do PSOL e à defesa de políticas contra os trabalhadores. Gerações de militantes foram perdidas por caminho semelhante, escolhido pelas direções do PT e do PCdoB.

Neste sentido, somos totalmente contrários a essa iniciativa de Luciana Genro de montar um projeto educacional em parceria com grandes empresas, ao mesmo tempo em que dizemos que a mídia burguesa não tem a mínima moral para atacá-la, pois defende e enaltece esse tipo de projetos.

Fazemos um chamado à companheira Luciana para que rompa com esse grave erro político: aceitar dinheiro dos inimigos dos trabalhadores, e mantenha-se coerente com sua história política, sob pena de jogá-la na lata de lixo, fazendo a alegria dos poderosos e desmoralizando os setores de Oposição de Esquerda ao governo Dilma e Tarso.

Defendemos que Luciana Genro volte a dar aulas, como uma professora normal, da mesma forma que milhões de docentes fazem diariamente. O PSTU defende que o salário dos parlamentares seja o mesmo do seu trabalho antes da eleição. Pois, na hipótese de perder o mandato, possa voltar a viver tranquila e dignamente como todos de sua classe. Também defendemos que o partido deve ser sustentado pelo dinheiro arrecadado da contribuição de filiados, militantes e amigos, sem qualquer dependência do Estado ou dos patrões.

Cursinho vai contra a educação pública e gratuita
A formação do cursinho, nas condições em que está sendo montado, é um grande passo no sentido de romper com o passado de esquerda de Luciana Genro. Um cursinho que objetiva arrecadar um milhão de reais de empresas parceiras do projeto nos faz lembrar as parcerias de institutos como a fundação Bradesco, Unibanco/Itaú – que lucram bilhões, explorando o povo com os maiores juros bancários –, do projeto Ayrton Senna que impõe suas cartilhas, da fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho que determina como e o que fazer nas escolas, e outras tantas, as quais, dentro das escolas estaduais, buscam torná-las empresas e ocupam o lugar que deveria ser do Estado e da comunidade escolar.

Todos sabem das dificuldades de milhares de jovens para entrar na universidade, mas não vale qualquer política para resolver este grave problema social. É preciso exigir o fim do vestibular, garantir mais verbas para as universidades públicas e a necessária ampliação das vagas, para que os filhos dos trabalhadores tenham acesso ao curso superior. O cursinho, nesta forma, vai contra esta luta histórica.

Na verdade, a formação deste pré-vestibular – além de um problema político grave – também afronta tudo o que os educadores engajados, que militam no movimento social, no CPERS em particular, sempre defenderam: o ensino público, gratuito e de qualidade. Como a própria Luciana reconhece, em entrevistas, o que ela está fazendo é parecido com uma ONG ou uma OSCIP.

Até pouco tempo, era um patrimônio de toda a esquerda, que deveríamos impedir as OSCIPS aqui no Estado. Também juntos – nós, o PSOL e os movimentos sociais não-governistas – denunciamos quando Lula aprovou, no Congresso, e sancionou a lei das Parcerias Público Privadas (PPPs), por entender que são parte da política geral do Estado Mínimo, do neoliberalismo, do beneficiamento particular do que deveria ser público. Mas, agora, o cursinho – que Luciana montou e gerencia – segue a mesma lógica das parcerias entre os patrões e o Estado: presta um serviço à população, visando lucro e benefício pessoal.

Companheira Luciana Genro, estas iniciativas não condizem com as bandeiras socialistas que deverias representar!

Porto Alegre, 22 de março de 2011

Direção Estadual do PSTU – RS