terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Intelectuais ligados ao PSTU lançam blog Convergência

Há quase três meses no ar, blog reúne análises de classe sobre a realidade brasileira e internacional


HTTP://BLOGCONVERGENCIA.ORG/
 


 
 
  O blog é um ponto de convergência de militantes e intelectuais socialistas

• Iniciativa de intelectuais-universitários solidários com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), o blogConvergência tem o propósito de intervir no movimento de ideias existente nas universidades, conformando uma corrente de opinião que contribua para a análise de classes da realidade brasileira e internacional e promova a difusão do pensamento socialista.

A expansão das universidades brasileiras permitiu a entrada nelas de um grande número de jovens professores, alguns com uma forte identidade socialista. Foram esses professores os que deram novo vigor ao movimento reivindicativo e promoveram uma forte greve nestes anos. A universidade brasileira tornou-se um campo aberto ao conflito social. As ideias do socialismo encontraram seu lugar nessa nova universidade.

Revistas, eventos acadêmicos, grupos de pesquisa e de estudos voltados para a discussão do marxismo são indicadores desse presença. O blog foi concebido como um ponto de convergência, um lugar de encontro de militantes e intelectuais socialistas que estão nas universidades brasileiras e participam dessas iniciativas. Ele não se opõe a outras iniciativas de difusão das ideias socialistas, mas distingue-se por um compromisso nítido com um programa político e com a intervenção prática. Embora o blog tome partido, aceita a colaboração de intelectuais que não sejam filiados ao PSTU mas se identifiquem com alguns pontos de seu programa.

Artigos podem ser enviados para o e-mail: convergencia@blogconvergencia.org



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O HÉLICOPTERO DE RICHA, A DÍVIDA PÚBLICA E AS OPÇÕES DE CLASSE DO GOVERNO DO PSDB


Avanilson Araújo, Presidente estadual do PSTU-PR
Ex-candidato a governador do PR e a prefeito de Curitiba.

O governo do Paraná estimou para o ano de 2013 um orçamento de mais de R$ 35 bilhões. Com todos estes recursos em mãos o governo Richa (PSDB) divulgou esta semana uma notícia interessante, demonstrando que governa de forma elitista e sem compromissos com o povo trabalhador: o governo comprará um helicóptero! Isso mesmo um helicóptero, pela bagatela de R$ 13,5 milhões.

Segundo o informe, o equipamento seria utilizado para as ações da Defesa Civil, no entanto, poderiam também ficar à disposição do governador Beto Richa. No ano passado o governo já havia gasto mais de R$ 2 milhões para alugar, sem licitação, um avião a jato e outro helicóptero. Além disto, no início deste ano a Copel já havia adquirido um avião turboélice no valor de R$ 16,9 milhões que também ficaria à disposição do governador.

Sem contar o gosto de Beto Richa por andar nas nuvens, o problema do gasto público deve nos fazer levantar a discussão de que o orçamento público é utilizado como um instrumento de acumulação de capital e de suporte para os negócios dos grandes empresários e capitalistas que sustentam este governo.

Ao mesmo tempo em que divulga estes gastos a administração estadual emitiu um decreto determinando a redução de 20% nas despesas administrativas.

Fazer mais com menos    

O discurso do PSDB ao tomar posse é de que faria mais ações com menos recursos, procurando adaptar as contas públicas a uma lógica empresarial de resultados, competitividade e metas. A mesma política aplicada na Prefeitura de Curitiba através das parcerias público-privadas, terceirizações e privatizações dos serviços públicos de saúde, educação, transporte e que foram massivamente rejeitadas pelos trabalhadores nas eleições municipais, com a derrota de seu fiel escudeiro Luciano Ducci (PSB).

Um discurso político e ideológico que procura esconder os verdadeiros interesses de como se governa para os ricos e empresários. Aqui entra um tema fundamental no debate: a dívida pública é uma alavanca dos negócios de grandes empresas que se nutrem dos recursos públicos para aumentar seus lucros e privatizar os serviços e direitos sociais.

Segundo o projeto de lei orçamentária para 2013, o Paraná tem uma dívida consolidada de mais de R$ 22 bilhões:

"Ao final do exercício de 2011, o valor da Dívida Pública do Estado, incluindo as obrigações intragovernamentais, totalizava R$ 22.141.261.090,00, sendo 14,15% da Dívida Flutuante, 80,00% da Dívida Consolidada e 5,85% de Outras Dívidas".

Esta dívida representaria hoje o equivalente a 62% do orçamento anual, isso sem considerar que ela ainda se prolongará por dezenas de anos. Nela se inclui a dívida do Banestado, ocasionada pela entrega do único banco público do Paraná para o grupo Itaú, com o voto decisivo do então Deputado Estadual Beto Richa (PSDB) que era da base de apoio do governador Jaime Lerner.

E é preciso recordar que este mesmo governador que fala em conter gastos aumentou as tarifas públicas em valores abusivos: mais de 270% (Detran), aumento da tarifa de água e esgoto da Sanepar, somente este ano, em 16,5%, aumento da tarifa dos ônibus intermunicipais em mais de 7%. Ou seja, de um lado, o discurso da contenção de gastos e, de outro, gastos excessivos com o próprio governo e o encarecimento do custo de vista para a população trabalhadora.

Os gastos sociais previstos: um governo dos ricos

Enquanto isto a administração pública estadual promete aplicar: a) 12,26% com saúde; b) 1,41% com habitação; c) 2,04% com saneamento; d) 0,24% com cultura; e) 18,36% com educação e f) 0,14% com trabalho.

Ou seja, os gastos sociais do governo estão bem abaixo dos gastos com a manutenção da mesma máquina burocrática que permite ao governo gastar milhões para comprar helicópteros enquanto a saúde estatal é um verdadeiro caos, faltam mais de 270 mil moradias populares para os trabalhadores, nossas estradas estão uma tragédia que literalmente tem tirado a vida de milhares de paranaenses ao custo dos interesses das empresas de pedágio, que seguem engordando suas contas, enquanto mais uma CPI é arquivada a mando do governo do PSDB.

Por isso o PSTU, tem procurado desde a posse do atual governador do PSDB, se dedicar a dialogar com os trabalhadores e oprimidos sobre o verdadeiro caráter de classe deste governo: conter os gastos sociais às custas da privatização dos serviços públicos essenciais para a população trabalhadora.

Nos posicionamos abertamente contra a aquisição de helicópteros e contra a privatização da saúde, das estradas paranaenses e defendemos a imediata suspensão do pagamento da dívida pública, inclusive a dívida do Banestado, para que os recursos públicos sejam utilizados, sob o controle dos trabalhadores para melhorar suas duras condições de vida.

Enquanto um trabalhador estiver sem casa no Paraná é um abuso comprar um helicóptero que será pago por todos nós.

* Nota do blog do PSTU Curitiba: http://pstucuritiba.blogspot.com.br/2012/11/o-helicoptero-de-richa-divida-publica-e_6.html


terça-feira, 6 de novembro de 2012

GOVERNO BARROS/PUPIN: NOVAMENTE AMEAÇA DE DESPEJOS!


Por João Jorge, da direção regional do PSTU

Apenas uma semana após o 2º turno das eleições em Maringá, que deu a vitória ao candidato da situação Roberto Pupin (PP), aliado da família Barros, os trabalhadores, a juventude e os setores mais oprimidos da cidade já recebem o primeiro “presente de grego” de uma gestão que continuará a mesma política excludente, e já se pode perceber o que vem por aí e vai continuar acontecendo como na atual gestão. Trata-se da ameaça de despejo das famílias que hoje se encontram em casas do Guaraca. Um absurdo que desrespeita completamente a Constituição Federal de 1988, que estabelece em seu artigo 6º o direito social à moradia digna.


MORADIA É UM DIREITO CONSTITUCIONAL QUE NÃO DEVE SER ATACADO! 
MAS, NOVAMENTE A HISTÓRIA SE REPETE!

Em meados de junho/2011 diversas casas foram ocupadas próximas ao Conjunto Atenas, em Maringá, por conta do déficit de moradias na cidade e os altos aluguéis cobrados. O governo de Sílvio Barros II (PP), que já tinha Pupin como seu vice-prefeito, na época entrou com pedido de reintegração de posse e tentou despejar as famílias, as quais resistiram bravamente, junto com integrantes de movimentos populares, sindicais, estudantis, partidos políticos, entre outros. Tamanha crueldade seria cometida, mesmo com muitas crianças a ser arrancadas de suas casas e sem entender absolutamente nada. Vendo que não conseguiria sucesso apelando para o uso da força bruta de policiais militares, o prefeito tentou usar de outro artifício, cooptar cada morador oferecendo-lhes moradias em outros pontos da cidade, o que segundo relatos dos mesmos, eram lugares onde não havia escolas, postos de saúde, creches, nem outros serviços públicos do município. Barros sabia muito bem o que queria, acabar com aquele foco que lutava por moradia, dividindo-os. Agora a história parece se repetir, mas de maneira mais cruel. Não há promessa de novas moradias e sim, a ameaça de jogar trabalhadores (em sua maioria mulheres) e crianças na rua!

A MUDANÇA CONTINUA EM MARINGÁ? MARINGÁ COMO RETRATO DA DESIGUALDADE

Segundo material divulgado por um candidato a vereador, e ex-secretário de habitação de Maringá, foram entregues pouco mais de 3.000 unidades, entre casas e apartamentos, 3.038 exatamente durante os 4 anos da gestão atual. Além do baixíssimo número de unidades entregues, Maringá se destaca negativamente por ter o aluguel médio mais caro do estado do Paraná, onde quem lucra alto são os setores imobiliário e da construção civil da cidade. Não dá orgulho de viver em Maringá! Se as famílias tivessem onde morar, não precisariam ocupar casas para ter um teto.

PRECISAMOS DE MORADIAS PARA TODAS AS FAMÍLIAS QUE PRECISAM!

Os trabalhadores e a juventude devem se apoiar nos movimentos populares que lutam pelo acesso à moradia, denunciar a crueldade que Barros/Pupin vêm tentando cometer com a expulsão das famílias e exigir a permanência nestas casas (ou em moradias e locais decentes e estruturados), e que Barros/Pupin tratem de investir imediatamente em moradias, inclusive pelo sistema de mutirão. Que nenhuma família seja despejada! Que o direito constitucional à moradia seja respeitado! 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

NOTA DO PSTU SOBRE O CHAMADO DE VOTO CRÍTICO EM VERRI POR DÉBORA PAIVA


Por Bruno Coga, candidato à vice-prefeito na coligação "Maringá Para os Trabalhadores" PSOL/PSTU

Nas últimas semanas assistimos em vários lugares do país um tremendo desrespeito à base do PSOL efetuada por sua direção. Em Belém, o alto escalão do PT, com Lula, Dilma e Mercadante, apareceu no programa de Edmilson Rodrigues, candidato ao segundo turno do PSOL chamando voto neste candidato e ratificando seu compromisso com o Governo Federal. No Amapá, o PSOL recebeu apoio do DEM e PSDB e, em declaração, o Senador Randolphe Rodrigues afirmou: Estamos apontando não simplesmente uma aliança política, estamos apontando um caminho político novo no Amapá". Em São Paulo, Plínio de Arruda Sampaio disse preferir Serra à Haddad para a prefeitura e Ivan Valente, presidente nacional do PSOL, declarou achar natural tais apoios no Norte. Acreditamos que a militância do PSOL, aguerrida e lutadora, que está conosco dia-a-dia nos movimentos sociais não merece tamanho desrespeito!

Tais apoios e declarações estabeleceram muitas divergências entre os militantes do PSOL. Algumas correntes chegaram a romper com essas campanhas e chamar voto crítico em seu próprio partido (Assim como o PSTU o fez em Belém. Em Macapá, chamamos voto nulo!).

Em Maringá, Débora Paiva já havia se pronunciado nas eleições: em uma entrevista à Gazeta do Povo, Débora afirmou que seria incoerente da nossa parte (o apoio a algum candidato). Mas agora é hora do eleitor maringaense votar no menos pior."[1].  Hoje numa postagem sua no facebook, a ex-candidata a prefeita de Maringá, chama voto crítico em Enio Verri neste segundo turno. Postagem essa, às vésperas das eleições e que deixam, tanto para nós, quanto, aparentemente, para os demais companheiros do PSOL, uma série de questionamentos.

Nesse sentido, gostaríamos de colocar o posicionamento do PSTU, sobre a referida nota:

Primeiramente, esta nota nos causa estranheza e indignação, tanto pela forma como foi colocada, quanto pelo conteúdo apresentado. Não temos acordo algum com o conteúdo postado por Débora em sua rede social.

Parece-nos estranho e contraditório tal posição adotada ao considerar o programa que defendemos durante toda eleição. Marcamos nossa posição tanto contra os ataques aos trabalhadores efetuado pelo grupo de Barros na prefeitura, quanto contra os ataques deferidos pelo PT ao funcionalismo público durante as últimas greves federais. Quanto a isso, a própria Débora posicionou-se claramente em seu discurso: Nós não podemos nos enganar: Quem representa de fato os trabalhadores em Maringá e em todo o Brasil? Eu lamento dizer isso, mas os colegas da mesa não representam...”[2] (apontando para todos os demais prefeituráveis durante seu discurso aos servidores municipais). Já em sua postagem no facebook, escreve “...acredito, que na atualidade eleger Enio Verri significa pensar em quem realmente sofre com a falta de acesso aos direitos que deveriam ser universais, como o acesso a saúde e a moradia”. Ora, Enio teve uma mudança em sua posição política que justifique esta afirmação agora ou Débora mudou de posição sobre quem “representa os trabalhadores” neste segundo turno?

Conforme nota que já publicamos em nosso blog, seguimos com o primeiro discurso de Débora: Nem Pupin, nem Enio, representam os interesses da classe trabalhadorade Maringá. Eles não governarão para nossa classe e sim para o grande capital, que financiaram suas campanhas milionárias. Seguimos chamando voto nulo, crítico e de protesto para o segundo turno, pois não vendemos ilusões aos trabalhadores.

Se é verdade que a vitória de Pupin significa a continuidade da oligarquia Barros, a vitória de Enio é a vitória daqueles que estão com o mensalão, com as suspeitas de desvio de verbas do Contorno Norte, com o superfaturamento da Sanches Tripoloni (empresa maringaense que teve lucros exorbitantes na construção do contorno norte). Não estamos com a oligarquia de Barros, assim como não estamos com o mensalão petista. Trocar os grupos políticos que administram a prefeitura em nada modificará a situação da população maringaense.

Se também é verdade que “Barros representa o fim dos espaços públicos, a especulação imobiliária, o desrespeito aos servidores municipais, a repressão aos movimentos populares, enfim, representa um governo da elite que marginaliza e criminaliza a juventude, as mulheres e a pobreza”, o governo petista não é nada diferente. Foi o PT de Dilma e Verri que cortou o ponto dos servidores federais em greve, assim como é o mesmo PT que aplica uma política de higienização, jogando a população pobre cada vez mais para a periferia, para garantir as obras da copa. O PT nada fez com a desocupação do Pinheirinho e agora assistimos a submissão de Dilma sobre os índios Kaiowa/Guarani que estão jogados a própria sorte correndo risco de vida. O PT que critica a falta de creches em Maringá e o caos no transporte público é o mesmo PT que prometeu a construção de 6 mil creches e não entregou nenhuma, assim como é o mesmo PT que privatiza as rodovias e aeroportos do país. Verri, assim como Pupin, também representa “o fim dos espaços públicos, a especulação imobiliária, o desrespeito aos servidores municipais, a repressão aos movimentos populares, enfim, representa um governo da elite que marginaliza e criminaliza a juventude, as mulheres e a pobreza”

Discordamos veementemente de que o voto nulo é “deixar que alguém escolha por você”. Reivindicamos o voto nulo como o voto de crítico e de protesto! É o voto de insatisfação contra ambos os candidatos e mostrará o primeiro desgaste desses governos, ganhe quem ganhar! Uma grande soma de votos nulos poderá ajudar a enfraquecer o futuro governo, já que ele será inimigo de nossa classe em qualquer situação! O voto que enfraquece a direita é o mesmo voto que enfraquece a frente popular, é o VOTO NULO, pois ambos governam para o grande capital e ambos estão contra nós!

A julgar por diversos comentários de companheiros do PSOL no facebook, a posição de Débora não é consenso no partido e, portanto foi decidida de maneira individual e sem consulta ao coletivo do partido para debate. Esse tipo de postura merece de nossa parte uma reflexão.

 Acreditamos que a democracia partidária se dá através da tomada de decisões coletivas e não das aspirações individuais de cada militante. Não faria sentido algum formar um partido de esquerda, onde a democracia do indivíduo vale mais que a democracia do coletivo. Sendo assim, o respeito das figuras públicas do partido com aquilo que foi votado e encaminhado pela militância deve ser maior que suas aspirações individuais. É assim que construímos nosso partido! É este respeito à base que esperamos da direção do PSOL e de suas figuras públicas.



Caso, de fato, a posição de Débora esteja em desacordo com a posição do Diretório de Maringá (conforme atestam alguns dirigentes em comentários ao post da ex-candidata), a situação é ainda muito pior. Neste caso, infelizmente, Débora sucumbe ao método individualista tão combatido pela esquerda Psolista, onde as figuras públicas, pela sua influência política definem a linha de acordo com sua posição e não de acordo com o que foi votado e definido pelo coletivo. É um desrespeito ao partido, é um desrespeito à esquerda.

Por fim, somos solidários à militância do PSOL que não teve acesso ao debate e à posição da companheira. Ratificamos aqui o método partidário e o debate político, por mais doloroso e difícil que possa ser, como ferramenta essencial para avançarmos em nossa pauta comum: o socialismo!

Bruno Coga
Maringá, 26 de outubro de 2012.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nem Ênio Verri, nem Pupim. Agora é Nulo!

Por Bruno Coga, candidato à vice-prefeito da Coligação "Maringá Para os Trabalhadores" - PSOL/PSTU

No dia 28 de outubro novamente os eleitores estão sendo chamados a depositar seus votos em um dos dois candidatos que pleiteiam uma vaga para a prefeitura da cidade e assim “definir” os rumos da política municipal. Entretanto, nem Ênio Verri, nem Pupin representam os trabalhadores, e tanto seus programas de governo como sua aliança em nível federal demonstram que, independentemente de quem ganhar as eleições, nenhum deles irá governar para nossa classe. Seja qual for o resultado eleitoral a única coisa que de fato está assegurada são os interesses dos grandes capitalistas que financiaram essas duas candidaturas depositando rios de dinheiro em suas campanhas. Diante disso, a única opção que nos resta é chamar voto nulo, crítico e de protesto! E seguir organizando os trabalhadores para lutar.

A direita e o PT: Lados distintos da mesma moeda

Lula e Haddad (PT) selando acordo com Maluf-PP
Pupin é a continuidade de Silvio Barros, cujo governo foi marcado pelo ataque aos trabalhadores, seja pelo “favorecimento” à TCCC através da renovação da concessão e aumentos nas tarifas de ônibus muito acima da inflação, seja pela desatenção à saúde no município, a falta de vagas nas creches municipais, ou pelo fim da Capsema. Por conta disso, sabemos que muitos trabalhadores tenderão a votar em Ênio Verri para “derrotar” a direita, pois acreditam que o PT é “menos pior”. Respeitamos este posicionamento, porém não podemos concordar com ele. Chamar voto em Ênio Verri nessas eleições seria vender a ilusão de que o PT será melhor para os trabalhadores. Sabemos que isso não é verdade. Ao contrário de toda a propaganda dos governos petistas, para o trabalhador brasileiro as coisas não melhoraram. Todos os dias pessoas morrem nas filas dos hospitais por falta de atendimento, a educação pública é péssima e embora o governo Dilma tenha prometido construir 6 mil creches até 2014, passados quase dois anos de seu mandato nenhuma saiu do papel. Enquanto banqueiros e grandes empresários seguem obtendo lucros estratosféricos e o PT mergulha num mar de corrupção sem fim, somos obrigados a conviver com o fantasma do desemprego e salários que mal chegam ao final do mês.

Além disso, apesar de “adversários” nas eleições municipais, PP e PT são aliados na esfera federal. O Ministério das Cidades, do governo Dilma é dirigido pelo PP de Pupin e da família Barros. O próprio Ricardo Barros, já foi vice-líder do governo Lula como Deputado Federal e Paulo Maluf, figura histórica do PP, declarou apoio ao candidato petista Haddad para a prefeitura de São Paulo em um ato polêmico. Por outro lado, a política que o PP aplica na cidade não difere em nada da que o PT aplica no país. Se em Maringá, por exemplo, o PT critica a concessão do transporte coletivo dada à TCCC, esquece de falar das privatizações dos aeroportos e de estradas federais no país, efetuada pelo governo Dilma. Assim como a direita, o PT optou por governar para a burguesia. De fato, durante os 10 anos de PT no governo federal, “nunca antes na história deste país”, os banqueiros ganharam tanto dinheiro. Em contrapartida, o aumento nos investimentos em saúde, educação, saneamento, transporte foram mínimos.

Voto útil no segundo turno é o voto NULO, crítico e de protesto!

Durante toda a campanha eleitoral o PSTU denunciou que nenhuma destas candidaturas seria uma alternativa para os trabalhadores e oprimidos, pois é impossível governar para todos quando se é financiado pelo grande capital.
É verdade que Pupin representa a continuidade de um governo de direita, mas sabemos que o compromisso que Ênio Verri assumiu nessas eleições foi com os banqueiros e grandes investidores da construção civil e não com os trabalhadores e os setores mais oprimidos da sociedade. Portanto, não podemos vender ilusões aos trabalhadores! Chamamos voto nulo no segundo turno por acreditar que nem Pupin nem Ênio Verri estarão comprometidos com as revindicações da classe trabalhadora.
Nenhum dos dois estará disposto a acabar com a falta de vagas nas creches e zerar as filas consultas especializadas sem a terceirização de serviços, ou mesmo municipalizar o transporte coletivo para reduzir o custo da passagem. Chamamos o voto nulo para combater as políticas neoliberais que tanto Pupin como Ênio Verri seguirão aplicando caso vençam as eleições, já que estão comprometidos com os mesmos grupos capitalistas que financiaram ambas as campanhas.

Por outro lado não compactuamos com a posição do PSOL de se abster nesse 2º turno. Diferente dos companheiros do PSOL, que preferiram o abstencionismo, conforme a declaração de Débora Paiva de que “é hora do eleitor maringaense votar no menos pior”, nós do PSTU, dizemos para os trabalhadores e oprimidos que agora o melhor caminho é o voto nulo, crítico e de protesto, já que nenhum dos candidatos tem o mínimo compromisso com a nossa classe. Não existe um “menos pior”. Não há alternativa para os trabalhadores neste segundo turno. Mas, uma grande soma de votos nulos ajudará a enfraquecer o futuro governo que, ganhe quem ganhar, será nosso inimigo.

É preciso mobilizar e lutar por uma cidade para os trabalhadores
Não temos dúvidas do importante papel que cumprimos nessas eleições, de termos feito parte de uma Frente que apresentou um programa de ruptura verdadeira com todos os interesses  dos que privatizam a cidade. E para o segundo turno até agora somos o único partido que defende o voto nulo de maneira clara e aberta. Mas para além do voto, é necessário fortalecer nossa organização nos bairros, nos sindicatos, nos movimentos populares, nos movimentos de luta contra a opressão e no movimento estudantil, para construirmos uma oposição de esquerda ao próximo governo, que não dê um minuto de trégua, exigindo cada promessa vazia feita durante a campanha de que iriam melhorar a vida dos trabalhadores e denunciando sistematicamente a que interesses eles servirão.
Queremos convidá-lo também a conhecer o PSTU, um partido diferente, que se constrói nas lutas do cotidiano, contra a opressão e a exploração capitalista e em defesa de uma sociedade socialista. Venha se filiar e construir conosco esta ferramenta. Venha para o PSTU!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A atuação do PSTU nas eleições


Por Bruno Coga e Érika Andreassy, da Direção Regional do PSTU


Em sua edição de quarta-feira, 10/10, o jornal Folha de Maringá publicou uma nota assinado pelo Sr. Marcelo de Souza, cujo título é “Votação do PSTU de Maringá cai 96% em relação à eleição de 2008”. A nota, altamente tendenciosa e rasa de conteúdo, tenta desqualificar o PSTU e nossa candidata à vereadora Monica Almeida, com a apresentação de dados equivocados e a omissão de informações para uma análise séria. Apesar de valorizarmos o debate político e as críticas, não podemos deixar de nos posicionarmos contra esse tipo de jornalismo baixo e barato.

Por que o PSTU?

Um fato curioso chama a atenção. Com tantos partidos disputando às eleições, por que analisar justamente a votação do PSTU? Por que não fazer um balanço, por exemplo, do PMDB cuja votação no pleito atual foi muito abaixo de 2008 e não conseguiu eleger seu candidato histórico, Mário Hossokawa? Ou mesmo o baixíssimo índice de votação do PSDB, que só garantiu suas vagas na câmara graças à coligação com o PP?

Talvez o autor tenha simplesmente optado por “analisar” o PSTU por se tratar de um dos principais partidos da esquerda maringaense. Com a mesma cretinice jornalística de outros veículos de comunicação a serviço da direita, tenta passar uma visão de que nosso partido, assim como toda a esquerda revolucionária, “perdeu força” em nossa cidade e no restante do país.

O PSTU cresceu nas últimas eleições

Mas ao contrário do que é apresentado, nosso partido teve uma imensa vitória no campo das eleições burguesas. Com a votação mais alta de todas as capitais brasileiras, Amanda Gurgel foi eleita em Natal com mais de 30 mil votos, surpreendendo e garantindo mais duas vagas para Frente de Esquerda na cidade. Cleber Rabelo, operário da construção civil em Belém do Pará, também obteve uma votação surpreendente e elegeu-se para a câmara de vereadores. Além disso, conseguimos lançar candidaturas socialistas em diversas cidades e fizemos votações importantíssimas, debatendo com a população e apresentando um programa socialista aos trabalhadores. No Paraná, não foi diferente, este foi o ano em que a esquerda socialista apresentou o maior número de candidaturas no estado.

Com relação ao que foi apresentado pela Folha de Maringá, ou seja, do balanço eleitoral na cidade, antes de tudo é preciso dizer que participamos dessas eleições numa situação totalmente distinta de 2008. Nas eleições passadas apresentamos duas candidaturas a vereador além de uma à prefeita. É óbvio que isto tem uma influência grande no número de votos, principalmente nos votos para a legenda do partido: quando se tem um candidato na majoritária, os votos nesta legenda, na proporcional tendem ser muito maior que os dos partidos coligados. Entretanto, a fragmentação da esquerda, independentemente da soma dos votos que cada partido recebe individualmente, longe de ser uma vitória para os trabalhadores, é um desastre. Nós acreditamos que em 2012 nos fortalecemos com a consolidação da Frente de Esquerda PSOL/PSTU, com o apoio do PCB em Maringá. Esta frente mostra o amadurecimento da esquerda e que mesmo com poucos recursos, podemos enfrentar os políticos tradicionais da cidade, que sempre governam para seus próprios interesses.

Nossa candidatura majoritária mesmo não pertencendo diretamente ao PSTU muito nos orgulhou. Defendendo um programa classista e sem conchavos com a burguesia, Débora, apesar de não ter uma ampla trajetória política, mostrou ousadia e enfrentou de igual para igual seus adversários. Esta postura se refletiu nos votos, superando nossas expectativas, sobretudo considerando nossos escassos recursos. No caso de Monica Almeida, nossa candidata à vereadora, cuja nota em questão tenta indiretamente atingir, temos uma situação similar. Em sua primeira participação em eleições burguesas, Monica, que representa a juventude do PSTU, em termos de votos, foi muito além de nosso candidato em 2008, portanto, sua votação expressa uma maior consolidação de nosso programa entre os jovens, muitas vezes esquecidos e secundarizados na política. Além disso, com um programa claro de combate às opressões e de defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, fez de seu programa de TV um diferencial nessas eleições. Para nós, isso é motivo de grande orgulho!

Um método de discussão pra lá de tendencioso

Quanto às informações e dados propriamente ditos e apresentados na nota, é importante salientar que se trata de um jornalismo vulgar e leviano. É verdade que tivemos uma queda de 63% no número absoluto de votos em relação a 2008 -e não de 96% como foi citado- (e se fossemos considerar os dados analisados por Souza, essa queda seria de apenas 51%), entretanto, como já dissemos acima, é preciso analisar o contexto. Primeiramente, com dois candidatos e somando os votos na legenda obtivemos 606 votos em 2008, já neste ano, com apenas uma candidata, fizemos 223 votos. Além disso, em termos de votos nominais, em 2008 a média de voto por candidato foi de 177 votos, o que significa que, com 181 votos, Monica Almeida superou a média de 2008.

Assim, pela avaliação errônea feita por Marcelo de Souza, podemos chegar a somente duas conclusões: ou o colunista fugiu das aulas de matemática do ensino fundamental, ou sequer pesquisou os dados para fazer sua crítica. Tanto em uma situação como outra, uma coisa fica clara: o jornalismo da Folha de Maringá é muito pouco sério, e recorre aos mesmos métodos dos veículos burgueses de jornalismo, que se utilizam do privilégio de dominar os meios de comunicação para distorcer e manipular as informações.

Por trás da nota, um setor do PCdoB

Assim como na política, não existe um jornalismo imparcial, tampouco o PSTU defende isso. Ao contrário do que muitos pensam todo meio de comunicação está a serviço de uma ou outra ideologia, nós, por exemplo, temos nossa própria imprensa. No caso da Folha de Maringá não é diferente.  Esse jornal tem como seu conselheiro editorial Humberto Boaventura, militante histórico do PCdoB, assim como diretor editorial Marcelo Souza, um dos responsáveis pela campanha eleitoral de um candidato do PCdoB na cidade. Portanto este jornal está a serviço da frente popular encabeçada pelo PT e da qual o PCdo B integra. A nota vinculada sobre o PSTU na edição do dia 10, nada mais é que uma tentativa de desqualificar, pela via da mentira, as polêmicas levantadas por nós durante as eleições em Maringá.

Nós defendemos o debate de ideias, e acreditamos que a crítica é salutar ao debate, mas o fazemos abertamente, como partido político. Gostaríamos muito, que ao invés de se esconder por trás de um suposto “jornalismo imparcial”, o PCdoB se apresentasse também como partido para rebater nossas críticas e assim fortalecer o debate de ideias. Mas isso não é interessante àqueles que estão totalmente adaptados ao método sujo da política brasileira. É uma lástima, mas lançamos este desafio: Estamos dispostos a participar de qualquer atividade conjunta que fortaleça o debate político, seja esta uma mesa de debates ou até mesmo um espaço igualitário nas mídias que possuímos. Fica a cargo do PCdoB decidir se prefere continuar com suas mentiras ou recorrer ao bom e velho método de seus militantes históricos que tanto reivindicam...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

VOTO ÚTIL É VOTO NOS CANDIDATOS SOCIALISTAS E DE LUTA


Um chamado aos lutadores e socialistas!
Estamos na reta final da campanha eleitoral, momento de definir em quem votar. Muitos concordam com as propostas que defendemos, mas pensam em votar no PT ou em outros partidos para “evitar a vitória da direita” ou para “votar em candidaturas viáveis”, ou seja, pensam em dar o chamado voto útil.
Essa é uma das piores tradições da política brasileira. O discurso do voto útil sempre foi utilizado pelos partidos maiores para sufocar e calar os partidos de menor expressão eleitoral. A classe trabalhadora torna-se, então, refém de um círculo vicioso infinito, e quem se beneficia com isso são os ricos e poderosos.
Voto útil pra quem?
Enganam-se os trabalhadores que consideram que, com o PT no poder, existe um governo de esquerda ou um governo dos trabalhadores. O plano econômico em vigor no país é neoliberal, com o mesmo conteúdo do que foi aplicado por FHC. Está apoiado nas multinacionais e nos bancos que tiveram, nos dois governos Lula e no de Dilma, lucros maiores que nos tempos do PSDB. Até mesmo as privatizações foram mantidas pelo PT e, agora, ampliadas por Dilma às rodovias, ferrovias e aeroportos. Não é por acaso que as empreiteiras e os bancos dão mais dinheiro para as campanhas do PT que para as do PSDB e do DEM.
Isso pode piorar. O governo Dilma está estudando a aplicação dos Acordos Coletivos Especiais (ACEs), uma proposta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que não passa de uma reforma trabalhista disfarçada, pois estaria acima da legislação e poderia levar a cortes do décimo terceiro salário, das férias e de outros direitos para supostamente evitar o desemprego.

Enquanto isso, existe uma desigualdade social imensa no país. Para os trabalhadores, a saúde, a educação e os transportes continuam terríveis. Os salários são baixos, e o endividamento bate recorde. O voto no PT não é um voto útil para os trabalhadores, mas exatamente o contrário. Será realmente um voto útil, mas para os empresários, os banqueiros, as multinacionais, o imperialismo…
Votar em candidatos “viáveis”?
Outra versão do voto útil é o voto nos viáveis, ou seja, naqueles que têm chance de vencer. É mais um engano. O critério da viabilidade é extremamente antidemocrático. É mais uma expressão do conformismo, da aceitação da situação atual, de não apostar na mudança, no programa anticapitalista, nas lutas.
O eleitor tem de votar nos candidatos com os quais concorda. Os que estejam de acordo com o programa e o perfil do PSTU devem votar nós. Além disso, existem candidatos do PSTU com chances reais de se elegerem.
Voto útil é o voto no PSTU
Sabemos que as eleições são um jogo viciado. Só a mobilização e a luta dos trabalhadores podem dar fim à exploração, à opressão e à fome. Mas as eleições são uma oportunidade para fortalecer as lutas e divulgar o programa socialista.
Os candidatos do PSTU têm históricos de lutas. Eleger um vereador revolucionário é ter um mandato à disposição dos trabalhadores e do povo. Representa um ponto de apoio nas greves, na luta por moradia, por uma educação pública de qualidade, contra o sucateamento imposto pelos governos federal, estadual e municipal. Eleger um candidato do PSTU é um ponto de apoio para a luta da juventude contra o aumento da passagem, para estatizar o transporte e subsidiar tarifas.

Um vereador do PSTU também vai denunciar as falcatruas do regime. Bem diferente dos candidatos dos grandes partidos, ele não vai ter os privilégios comuns a todos os parlamentares. Eles ganharão o mesmo salário que recebiam antes de ser eleitos.

Aqueles que concordam conosco devem votar em nossos candidatos. Esse voto vai fortalecer um programa de contraposição aos programas de direita defendidos tanto pelo PT quanto pelo PSDB-DEM. Ainda que um candidato do PSTU não se eleja, o voto nele terá sido extremamente útil para deixar claro que nossa proposta tem eco entre os trabalhadores e jovens. Para expressar que os que não se conformam estão crescendo. Para demonstrar a insatisfação entre os lutadores e socialistas.

Una-se à nossa campanha votando e ajudando a convencer seus colegas de trabalho, familiares e vizinhos a votar em nossos candidatos. Procure um comitê de campanha, participe das reuniões e debates, leve panfletos e adesivos para seu local de trabalho, escola ou universidade.
Você também pode contribuir financeiramente para nossas campanhas. Dessa forma, você estará ajudando a construir uma campanha socialista, livre e independente dos patrões.
Una-se a nós e filie-se ao PSTU para fortalecer o partido das lutas e do socialismo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Apoio do PCB de Maringá à Débora Paiva Prefeita e Monica Almeida Vereadora


Abaixo, nota e vídeo de apoio do Partido Comunista Brasileiro de Maringá.


MOÇÃO DE APOIO À FRENTE DE ESQUERDA EM MARINGÁ

Frente às eleições que ocorrerão no próximo dia 7 de outubro o Comitê Municipal de Maringá do Partido Comunista Brasileiro declara o seu total apoio à Frente de Esquerda, que tem na candidatura à prefeitura de Débora Paiva (PSOL), e seu vice Bruno Coga (PSTU), a ponta de lança de nossa união. Nós, comunistas do PCB, temos a análise, por convicção, que as disputas eleitorais nos atuais modelos acabam por centralizar o debate político público em um espetáculo no qual as mais mirabolantes promessas são feitas em busca de votos. Entendemos que os problemas de nossa cidade não podem ser tratados e muito menos resolvidos com discursos vazios ou “compromissos” pessoais de candidatos. Acreditamos que só com a construção de uma participação direta da população apontando seus problemas e participando das decisões é que podemos encarar com real veracidade nossos problemas mais profundos como a desigualdade social, violência, criminalidade, insuficiência no atendimento à saúde, falta de recursos para a educação, questão do lixo, mobilidade urbana, opressão contra a mulher, preconceitos raciais, homofobia, entre muitos outros. Não caímos na ilusão de que nesse limitado espaço da disputa eleitoral, sempre marcado por campanhas financiadas por gigantescos recursos privados que polariza a disputa entre os partidos da ordem - que com o passar das eleições saberão como compensar o investimento realizado - possam ser resolvidos os problemas que se originam nas contradições impostas pelo atual status quo.
A Frente de Esquerda e a coligação “Maringá para os Trabalhadores” tem a função, nessa conjuntura eleitoral, de apontar e denunciar as principais contradições da sociedade maringaense que são continuamente mascaradas e evitadas pelos partidos políticos tributários da ordem, como bem vem fazendo em importantes áreas, a candidata a vereadora Mônica Almeida (PSTU).
O PCB aposta que só com a mais clara firmeza de postura na denúncia da atual podridão de nossa administração pública, junto com o posicionamento de classe, que coloque no centro das decisões os/as trabalhadores/as de Maringá – cotidianamente e não só em momentos de disputa eleitoral - é que criaremos uma sólida alternativa futura para a atual exploração e desigualdade existentes. 

PCB - Partido Comunista Brasileiro
Comitê Municipal - Maringá, Paraná
Outubro de 2012

Abaixo segue vídeo exibido hoje, dia 4/10/2012. Último programa eleitoral de vereador




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Agenda de Campanha de Monica Almeida 16000 desta semana


01/10 - SEGUNDA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO GASTÃO VIDIGAL

     18:00 CEEBJA


02/10 - TERÇA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO INSTITUTO



03/10 - QUARTA-FEIRA

     6:30 - PANFLETAGEM NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

     18:00 - UEM

     21:00 - PANFLETAGEM ATARI BAR


04/10 - QUINTA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO BRASILIO ITIBERE

     17:30 – TERMINAL URBANO


05/10 - SEXTA-FEIRA

     6:20 - HU

     7:00 – COLÉGIO MARIA GORETTI

     18:00 - PANFLETAGEM COLÉGIO JK


06/10 - SÁBADO

     8:30 – FEIRA WILLY DAVIDS
        

domingo, 23 de setembro de 2012

Calendário de Campanha: Monica Almeida 16000

Participe você também!!!!

Acabamos de definir nosso calendário de atividades da campanha de Monica Almeida à vereadora.
Iremos intensificar nossas atividades. Convidamos você, apoiador de nossa candidatura, a se somar em nossa campanha, participando das panfletagens, reuniões, agitações e atividades de confraternização.

Abaixo segue o calendário desta próxima semana:

24/09 - SEGUNDA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO GASTÃO VIDIGAL (transferida por conta dos jogos)

     11:50 - RECCO. FÁBRICA DE LINGERIES ok

25/09 - TERÇA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO INSTITUTO  ok

     18:00 - PANFLETAGEM NO CEEBJA ok

26/09 - QUARTA-FEIRA

     6:30 - PANFLETAGEM NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ok

     7:00 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO MARIA GORETTI (transferida por conta dos jogos)

     21:00 - PANFLETAGEM ATARI BAR ok

27/09 - QUINTA-FEIRA

     6:50 - PANFLETAGEM NO COLÉGIO BRASILIO ITIBERE

     18:00 - PANFLETAGEM NA UEM ok

28/09 - SEXTA-FEIRA

     6:00 - PANFLETAGEM NO SEMUSP (ANTIGA SAOP)

     7:10 - PANFLETAGEM NA UEM

     18:00 - PANFLETAGEM COLÉGIO JK

29/09 - SÁBADO

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30/09 - DOMINGO

     9:00 - PANFLETAGEM E AGITAÇÃO. BAIRRO PARQUE ITAIPU! 

VENHA CONOSCO!
AJUDE-NOS A CONSTRUIR UMA CANDIDATURA SOCIALISTA EM NOSSA CIDADE

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O PSTU manifesta total apoio à greve dos servidores da UEM e aos demais trabalhadores das universidades paranaenses em greve


Da direção regional do PSTU

            A Universidade Pública brasileira sofre um constante processo de ataques que a levam ao sucateamento e ao total desmoronamento do tripé ensino, pesquisa e extensão, tripé esse, característica imprescindível das Universidades Públicas.

            Programas como o Prouni e o Reuni implementados por Lula e Dilma (PT) foram pensados para combater a inadimplência e a sobra de vagas nas faculdades particulares e aumentar a precarização das condições de trabalho. Por outro lado, o dinheiro que deveria ser investido no setor público, é transferido ao setor privado através de isenções de impostos e outros mecanismos. É uma demonstração clara que se governa visando garantir os lucros aos “tubarões do ensino” e não a qualidade da educação superior gratuita e de qualidade e o seu acesso aos filhos da classe trabalhadora.

            Aqui no Paraná não é diferente. Seguindo a mesma política de cortes de investimentos e precarização das Universidades, o governo Beto Richa (PSDB) ataca as Universidades Públicas Estaduais. Mais que isso, assim como faz com várias outras categorias, o governo promete, mas não cumpre. Há mais de um ano os servidores das IEESs paranaenses estão esperando o prometido Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). Se isso não bastasse, ameaça destruir a carreira do servidor e terceirizar os serviços, ao invés de manter público e com trabalhadores contratados via concurso público.

            Toda essa situação faz parte de uma política nacional de desmonte da educação, não somente no Ensino Superior, como também na Educação Básica.  Por esse motivo, o ano passado foi marcado por inúmeras greves na educação básica, atingindo praticamente todos os estados do país e esse ano, a greve das Universidades Federais deu um grande exemplo de luta contra essas políticas. Nas Universidades Estaduais do Paraná a coisa não é diferente:

            No mês passado, os professores das IEESs parananenses conquistaram o envio e aprovação do projeto de equiparação à assembleia legislativa e a sanção por parte do governador, após 2 dias de greve. Agora é a vez dos técnicos administrativos entrarem em greve.

            Em uma demonstração de disposição para a luta, os servidores aprovaram greve por tempo indeterminado, no último dia 11 de setembro. Logo no seu primeiro dia, a greve começou de maneira forte e os trabalhadores se negaram a cumprir suas tarefas, o que fez com que as aulas fossem interrompidas. No segundo dia, as chaves da Universidade foram entregues à reitoria, para que tomem providências, mostrando que os trabalhadores não irão “furar” a greve!

            Diante do caos causado pela negativa dos servidores em trabalhar, a direção do sindicato dos professores da UEM (Sesduem), lançou duas notas na internet prestando solidariedade, mas discordando do movimento grevista em seus métodos. Não podemos concordar com as notas lançadas pelos companheiros do Sesduem. Entendemos que a reivindicação dos trabalhadores em greve é justa e o fato de se negarem a trabalhar, não pode ser punido, pelo contrário, devem ser aclamados pela coragem em enfrentar um governo que está disposto a ouvir somente os grandes empresários e uma reitoria que se utiliza do assédio moral para coagir os servidores a voltarem para suas atividades. Imediatamente após a deflagração da greve, o comando de greve reuniu-se com a reitoria para fazer o comunicado de que as atividades dos técnicos seriam suspensas a partir do dia 11/09. Entendemos que em um momento de greve, a responsabilidade pela administração e condução das atividades do campus deve dar-se pela administração, e não pelo comando de greve ou os servidores. Responsabilidade esta que não foi assumida em nenhum momento pela reitoria em nossas reuniões. Portanto, se existem culpados pelo fato dos professores não conseguirem dar aulas nesses dias, esses culpados são a reitoria obsoleta e o governo do estado que não negocia.

            Mais que isso, discordamos veemente do fato dos companheiros incitarem os docentes a denunciar os trabalhadores em greve por supostos “abusos”. Esse não é o papel de uma direção sindical de luta, como sabemos ser essa direção sindical. Esse papel é da reitoria e do governo. Já não basta alguns companheiros do SINTEEMAR que rotineiramente alimentam a divisão entre as categorias colocando os professores como “inimigos” dos técnicos. A diretoria do SESDUEM não pode recorrer ao mesmo erro solicitando que professores denunciem as “transgressões” que pontualmente possam ocorrer. Isso é alimentar ainda mais a divisão que tanto queremos evitar em nossa Universidade.

            O momento agora é de unidade nas lutas! Os professores e estudantes precisam cercar de solidariedade e apoio à luta dos técnicos. Sabemos que nosso inimigo é o governo do estado que não cumpre as reivindicações da categoria e que, pelo contrário, aprofunda cada vez mais seus planos de sucateamento das Universidades Públicas do Paraná. Se os professores não estão conseguindo dar aulas, é culpa de uma situação criada pelo governo do estado e é ele quem deve ser punido e advertido.

            É por isso que reiteramos o chamado à unidade na luta para que não somente os técnicos saiam vitoriosos dessa luta, assim como os professores saíram em 23 de agosto, mas que a maior vitória seja a defesa do projeto de Universidade Pública, Gratuita, Laica e de Qualidade.

            Nossas forças militantes estarão dispostas a esse projeto!

domingo, 9 de setembro de 2012

Vote em Modesto... e eleja Marly!


Por Bruno Coga, do PSTU
Candidato a Vice Prefeito na coligação “Maringá para os trabalhadores” – PSOL / PSTU

Em matéria recente divulgada no site “maringay”, o escritor opõe a candidatura de Luiz Modesto, suposto defensor da comunidade LGBT, à de Marly Martin, evangélica, reacionária e declaradamente contrária aos interesses do público gay. Uma vinculação criada diretamente com a intenção de fortalecer a candidatura de Luiz Modesto, abriu o debate para uma questão evidente: Votando em Modesto, pode-se estar ajudando na eleição de Marly. E isto ninguém pode negar. Como comentou um leitor do site, “o tiro saiu pela culatra”...

Modesto X Marly: Uma falsa polarização aliada a uma política idêntica

Quem compare Modesto e Marly, logo perceberá que aparentemente, ambos são muito diferentes. Modesto é gay assumido, Marly é evangélica fervorosa. Modesto promoveu-se com o discurso de “primeiro vereador assumidamente gay de Maringá”. Marly lidera a bancada conservadora da cidade. Modesto esteve à frente da 1ª Parada Gay de Maringá. Marly posicionou-se contra o Dia de Combate a Homofobia. Olhando grosseiramente, Modesto e Marly parecem inimigos mortais, que não se toleram e que disputam as eleições em lados totalmente opostos... Mas a verdade é que ambos fazem parte da mesma coligação, e com isso, seus votos os ajudam mutuamente...

Na verdade, as candidaturas de Modesto e Marly fazem parte da mesma estratégia: angariar votos de setores específicos da sociedade. Modesto atua sob o público gay, enquanto Marly sob o setor evangélico. Com o apoio desses setores, a coligação sai fortalecida e a possibilidade de eleger mais candidatos é maior. Para fazer parte deste jogo não se debate princípios, posições políticas e o que deveria ser melhor para a população. É o vale tudo eleitoral em sua forma mais bárbara: Uma homofóbica lado a lado a um gay assumido. Para os “comunistas” da UJS que justificam esta metodologia baseando-se nas suas errôneas análises de “Marx e Lenin”, talvez também utilizem a mesma tese para justificar Stalin Lenin e Hitler fazendo parte da mesma trincheira de luta...

Modesto X Marly: Uma relação paradoxal

Não há dúvidas que ambos conseguirão uma parcela significativa de votos e que com isso poderão sim disputar uma vaga na Câmara (considerando que também estão nesta disputa Humberto Henrique, Mário Verri, Dr Manoel, e outros que também concorrem). Mas uma coisa é fato: Se Modesto pensa em se eleger, ele precisará dos votos de Marly. Assim como Marly precisará dos votos de Modesto. Isto ocorre porque somente com uma ampla votação da coligação é que ambos os candidatos terão espaço para se eleger. Ou seja, o “representante” (sic) da comunidade gay necessitará dos votos da conservadora reacionária, e vice versa. Então, aqueles eleitores honestos, que votarão em Modesto pensando eleger o “primeiro vereador assumidamente gay de Maringá”, fiquem atentos: Este voto pode sair pela culatra, e ao invés de elegê-lo poderá reeleger Marly Martin. Nesta coligação, infelizmente esta é a contribuição que Modesto pode deixar para a comunidade LGBT de Maringá...

Mas ainda existirão aqueles que dirão que de fato Modesto e Marly são desafetos incontestáveis e “infelizmente” Marly está nesta coligação, que Modesto não precisa de Marly ou de seus votos. Então, lançamos um desafio: Caso Modesto se eleja com ajuda dos votos de Marly, que renuncie ao seu mandato, já que estes votos foram votos contrários ao projeto que defende, portanto, votos que não deveriam ser seus. Não caros eleitores, infelizmente não veremos isso...

Não basta ser gay... É preciso lutar contra a homofobia e todas as formas de opressão

Na presidência de nosso país temos a primeira mulher eleita do Brasil. Ao contrário disso significar mais investimentos no combate à violência da mulher, construção de mais creches públicas, igualdade salarial entre gênero, vemos a aplicação da mesma política no país, que se utiliza da opressão às mulheres para seguir explorando a classe trabalhadora. Dilma Rousseff segue governando para os banqueiros e grandes empresários, e não avançou em nada nas políticas públicas para as mulheres. Isto acontece porque não basta ser mulher para defender os interesses de gênero, mas é preciso ter um programa claro de combate à opressão, combinado ao combate contra a exploração.

O caso de Luiz Modesto é idêntico. Ao se aliar a este setor retrógrado da cidade, Modesto já mostra como será limitada sua atuação frente à câmara de vereadores da cidade caso eleito. Será omisso nas defesas dos setores oprimidos caso isso fira um acordo de gabinete ou uma aliança antes selada, da mesma forma como privilegiou a aliança com Marly frente a sua candidatura. O “primeiro vereador assumidamente gay de Maringá” não fará diferença nenhuma frente à luta contra a opressão e a homofobia.

Por outro lado, a luta contra o racismo, por exemplo, não é travada somente pelos negros. É uma batalha que travamos todos os dias contra o preconceito. Seja feita por brancos ou negros. Clodovil é a contraprova de que ser “assumidamente gay” é totalmente irrelevante na luta contra as opressões. Eleito Deputado Federal pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão), Clodovil esteve à frente de diversas declarações machistas, racistas e inclusive... homofóbicas. Esta é a trajetória política do “primeiro deputado federal assumidamente gay” do Brasil.

Monica Almeida, na luta contra a homofobia e todas as formas de opressões.

Para representar a comunidade LGBT na câmara de vereadores é necessário um(a) candidato(a) que tenha firmeza política e ideológica, que não venda seus princípios ou não troque a luta contra as opressões por um acordo político de gabinete ou uma aliança maligna com setores conservadores.

Além disso, é preciso lutar lado a lado nos movimentos sociais e políticos da cidade. Participar ativamente das ações que dispute a consciência dos trabalhadores e da juventude através da luta e pautada na transformação desta sociedade decadente.

Neste sentido, apoio e declaro meu voto a favor da candidatura de Monica Almeida, número 16000, militante do PSTU, que atua no movimento estudantil sempre defendendo as bandeiras de luta contra a homofobia e todas as formas de opressão. Monica auxiliou e esteve presente na 1ª Parada Gay de Maringá, é feminista convicta e também esteve à frente da construção da 1ª Marcha das Vadias da cidade. Monica faz parte da nova juventude de lutadores, que esteve à frente da ocupação da reitoria e tantas outras lutas na UEM. Por fim, Monica Almeida carrega consigo princípios políticos sólidos e um programa político definido na luta contra a homofobia, machismo, racismo e tantas outras formas de opressão.

É preciso pautar que a luta contra as opressões termina na luta contra a sociedade dividida em classes. Que só é possível derrotar a homofobia, derrotando o capitalismo, pois é este sistema injusto e cruel que se aproveita da opressão para explorar e dividir ainda mais a classe trabalhadora. É este o programa que Monica Almeida está apresentando nessas eleições.

Para lutar contra a homofobia, não podemos fortalecer os setores conservadores, não podemos dar chances de Marly se eleger. Apenas votando em Monica Almeida teremos esta segurança...