terça-feira, 20 de agosto de 2013

TODO APOIO À LUTA DOS ESTUDANTES DA UEM!

 Em junho as ruas do país foram tomadas por enormes manifestações que colocaram em xeque governos municipais, estaduais e federal. Não foi só por “vinte centavos” que a população saiu às ruas, mas contra toda a política econômica que é aplicada pelos distintos governos e que beneficia empresários e especuladores enquanto a maioria da população sofre com a péssima qualidade dos transportes públicos, com a falta de moradia digna e com a precarização constante da saúde e da educação.  A juventude, com sua garra foi o motor das manifestações de junho. Em julho foi a vez dos trabalhadores entrarem em cena, com sua tradição de lutas, fizeram do dia 11 um grande dia de greves, lutas e mobilizações que marcará para sempre nossa história, o mês de agosto tem colocado as ocupações de câmaras municipais e assembleias legislativas na ordem do dia.

 Em Maringá são os estudantes da UEM que estão novamente em movimento. Educação Física e Direito se mobilizaram, assembleias e reuniões ampliadas estão sendo realizadas em vários cursos e o DCE está chamando um grande ato para o dia 22 de agosto. Não é a primeira vez que isso acontece. Durante todos os anos de existência da UEM, inúmeras vezes os estudantes saíram a lutar. Em 2011 foram protagonistas de um importante movimento em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade que culminou na ocupação da reitoria.

É preciso somar a ousadia da juventude com a força da organização da classe trabalhadora, para isso está sendo organizado um novo dia de lutas para o dia 30 de agosto, com greves e mobilizações sendo chamados por todo país. O PSTU apoia a luta dos estudantes da UEM e se coloca a serviço da organização do ato do dia 22 como parte da construção do dia 30 de agosto. Façamos do dia 22 um vitorioso dia de lutas dos estudantes e um ensaio geral para o 30 de agosto!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Solidariedade ao Jornalista Ângelo Rigon

Tivemos conhecimento por meio da imprensa que na madrugada deste domingo, 12/08, a casa do jornalista e blogueiro Ângelo Rigon foi alvejada por cinco tiros.

Nós, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU, repudiamos tal ato e somos solidários ao jornalista que cotidianamente contribui para a divulgação de nossas posições políticas e notas públicas. Sabemos que em um país dominado por uma mídia manipuladora e tendenciosa, exercer um jornalismo autônomo pode mexer com os brios de muitos poderosos da cidade e região. Não temos dúvidas que este ato trata-se de uma clara tentativa de intimidação.

Neste sentido, o ataque sofrido por Rigon é um ataque à democracia, à liberdade de expressão e de imprensa, e conseqüentemente um ataque a esquerda socialista, que luta pela democratização da mídia e contra o monopólio dos meios de comunicação.

Exigimos das autoridades policiais que investiguem o caso e que identifique os autores deste atentado.

Sem mais,
Direção Regional do PSTU – Maringá-PR

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Prefeito persegue e tenta intimidar professores municipais de Sarandi


Menos de 1 (um) mês após voltar ao cargo, prefeito não cumpre acordo e endurece contra os professores

Após a vitoriosa paralisação dos professores de Sarandi que teve adesão de mais de 80% da categoria, o prefeito do município Carlos De Paula (PDT) descumpriu o acordo da negociação e mandou para as escolas um documento informando o desconto do dia parado assim como de 1 (um) dia de descanso. Além disso, no documento informa aos professores que por conta da falta perderão o direito à cesta básica e à elevação. Isso só pode ser encarado como uma provocação! Os professores não podem recuar!!!

A cidade de Sarandi foi notícia nacional logo no início do ano por conta de pedido de prisão por parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO do prefeito e do secretário de educação professor Antonio Manoel (PPS). Somente o professor Manoel foi preso e uma semana depois solto. Prefeito e secretário foram afastados do cargo.

Apesar do prefeito ter voltado por conta de uma ação judicial, as investigações sobre suspeita de fraude em licitações na pasta de educação no município de Sarandi não terminaram e o prefeito pode novamente voltar a ser fastado e inclusive cassado, a depender dos resultados. 

Prefeito persegue professores que paralisaram mas ele mesmo não cumpre a lei

Se por um lado o prefeito manda circular para as escolas perseguindo e intimidando os professores, por outro não cumpre a Lei do Piso Salarial Nacional. As horas atividade são insuficientes o que prejudica o trabalho escolar. Infelizmente, essa lei não possui um mecanismo punitivo para os gestores que a descumprem. Aqui temos um claro exemplo de um prefeito fora da lei! 

Não podemos admitir que o prefeito da cidade, que não cumpre com a Lei do Piso Salarial Nacional e que está sendo investigado por fraude em licitação, justamente na secretaria de educação, atue dessa forma com os professores. Não diferente de outros temas polêmicos, a Câmara de Vereadores mais uma vez não se manifesta sobre o assunto! Não dá para aceitar esse silêncio!

Por isso, chamamos toda a população a se somar na manifestação organizada pelos professores nessa segunda feira, 12 de agosto, às 17h30min, na Câmara de Vereadores de Sarandi. É hora de cobrar uma posição dos vereadores. Não podemos permitir quer continuem a legislar somente para os interesses de um grupo político ou mesmo para interesses individuais. Estão ali para legislar para os trabalhadores!

Se essa posição não for revertida, é hora de construir a greve. A categoria tem que começar a fazer um debate sério sobre a necessidade da greve e exigir que o sindicato da categoria chame uma assembleia para definir os rumos do movimento. Dia 30 de agosto será um dia nacional de greves e mobilizações pelo país. Um bom dia para a educação municipal de Sarandi começar uma greve contra os desmandos da prefeitura.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Lugar de mulher é na luta!


No mês de junho, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o aumento das passagens e por melhores condições de vida para a população. As mulheres foram maioria entre os manifestantes por são as que mais sofrem com a baixa qualidade dos transportes públicos e a precarização dos serviços públicos. 


No dia 11 de julho, trabalhadoras e trabalhadores organizados se uniram aos protestos realizando um dia nacional de mobilização e já marcaram uma greve geral para o dia 30 de agosto. Hoje mais uma vez saímos às ruas, dessa vez para lutar contra o machismo e a violência. 

O Movimento Mulheres em Luta (MML) esteve e segue presente em todos esses protestos, pois acreditamos que lugar de mulher é na luta! Contra o machismo, a violência, por salário igual para trabalho igual, por mais emprego e moradia, transporte, saúde e educação de qualidade, mostrando que esse é o único caminho para mudar a situação do país. Chamamos também aos que hoje estão nas ruas que se somem aos atos do dia 30 de agosto, fazendo desse um grande dia de luta.

Defendemos:
  • Mais dinheiro para a educação, creches em tempo integral para todos os filhos e filhas das trabalhadoras!
  • Fim da violência contra as mulheres. Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha!
  • Contra o Estatuto do Nascituro. Descriminalização e legalização do aborto e sua realização de forma segura pelos hospitais públicos!
  • Chega de discriminação. Salário igual para trabalho igual!
  • Mais verbas para as áreas sociais. 10% da receita para a saúde, 2% do PIB para o transporte.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Nota do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU sobre o concurso público para professores da SEED/PR


A educação não suporta mais tantos ataques!

As políticas educacionais dos governos, tanto federal, como estaduais e municipais levam à precarização do setor através de cortes de salários e de trabalhadores, justificada principalmente pelo discurso de meritocracia e gestão. No Paraná não é diferente: Um exemplo disso é o crescimento a cada ano dos trabalhadores com contratos precarizados, os chamados PSS e agora, para piorar e avançar nos planos de precarização, com a reativação do ParanáEducação (pessoa jurídica de direito privada que atua na SEED para contratação de trabalhadores através de contratos precários).

Para mudar essa situação, os professores da rede pública estadual foram à luta para exigir do governo a realização de concurso público. Hoje temos um déficit que pode chegar, no início do ano que vem a 40 mil vagas. Após muita pressão por parte da categoria, inclusive através de ameaça de greve por parte dos educadores, o governo Beto Richa (PSDB) promoveu o Concurso Público para professor(a) e pedagogos(as) da educação básica estadual no regime estatutário através do Edital nº 017/13 com 13.771 vagas. 

Logo no início do processo, observamos que esse concurso não tinha nada a ver com o que defendemos para a educação pública, a começar pela escolha de uma instituição privada para a elaboração e aplicação. O concurso é realizado pela PUC/PR, instituição privada, com regras meritocráticas e com fases eliminatórias e classificatórias, claramente orientado pela política neoliberal. Como sabemos, a PUC é uma instituição filantrópica, que recebe muita verba pública devido a política federal para educação. Essa instituição é ideal para servir aos interesses do governo do PSDB.

Nossa luta é exatamente oposta a isso!


Defendemos a luta incansável contra as políticas neoliberais que são implementadas “goela abaixo” na educação desde o Plano Nacional de Educação (PNE) do governo federal e a implementação dessas políticas nos estados e municípios. A meritocracia é uma delas e, provavelmente, uma das mais importantes pelo seu caráter prático, porém, também pelo seu caráter político ideológico. O discurso da meritocracia é forte e acaba por convencer parte da categoria, desatenta ao que tem por trás do discurso de premiações para os melhores, esforços individuais, etc.

Outra política atacada duramente por nós é a precarização do trabalho, desde a proletarização do trabalho de professor, que passa pelo arrocho salarial, superexploração do trabalho e péssimas condições, além da sobrecarga diária por conta do número insuficiente de trabalhadores. Por outro lado, a pressão de um exército social de reserva cada vez maior, e a pressão dos governos e das chefias para que os índices educacionais sejam melhorados, leva ao acometimento de diversas doenças.

Um concurso para avançar nas questões educacionais ou para aplicar a política neoliberal?


Para nós esse concurso é a expressão de implementação dessas duas políticas (meritocracia e precarização) em “uma tacada só”. Diante dos muitos recursos e reclamações por parte dos que prestaram o concurso, o governador Beto Richa e o seu vice e secretário de educação Flávio Arns, utilizam o argumento de que esses não estão preparados, e que os que estão sendo selecionados são os melhores professores, e com o discurso que agora sim são feitos concursos que avaliam. 

Se por um lado existe o discurso que busca justificar um suposto compromisso com a educação por parte do governo, por outro eles fazem com que tenha alta eliminação e que sequer as vagas serão preenchidas, mantendo o índice de trabalhadores precarizados PSS, ou aulas em forma extraordinária (que também não há garantias), ou seja, mantendo a precarização já existente.

Mas o problema não foi somente esse. O pior ainda estava por vir...

Se não bastasse tudo isso, agora vamos às “confusões” feitas pela PUCPR.

A confusão já começa no edital, que após meses e meses de preparo, surpreende tanto a categoria, quanto a direção do sindicato: composto por 04 fases, todas classificatórias e eliminatórias e com 01 ano de vigência, podendo ser estendido por mais 01 ano. Essa última característica foi modificada para vigência de 2 anos, com possibilidade de prorrogação para mais 2 anos, mudança que foi divulgada pela direção do sindicato como uma “vitória” e que hoje, caso o concurso não seja anulado, se tornará em um imenso engodo, pois o próximo concurso será realizado no mínimo daqui a 04 anos, aumentando sobremaneira os contratos precarizados.

A prova em si foi um fiasco, erros teóricos e conceituais por todos os lados, perguntas e respostas dúbias. Vários foram os pedidos de recursos e a PUC não deu importância a isso. Não respeitando o edital, com muito atraso a PUC divulgou a lista de aprovados da primeira fase e para surpresa de todos a confusão estava armada: notas e dados errados. Novamente, a PUC não aceita os recursos. 
Como se isso não bastasse, ao sair o resultado da redação, ocorreu o que todos já estavam esperando: reprovações em massa!!! E mais: a divulgação das notas da redação com disciplina e locais diferentes das inscrições e com pareceres justificando a nota com critérios parciais, não contemplando todos os critérios para correção das redações conforme estabelece o item 8.2.1 do edital. Posteriormente a PUC corrigiu os dados referentes a disciplina e NRE de inscrição alegando falha na importação dos dados.

A contestação por parte da categoria (educadores PSS e professores com um padrão na educação estadual) e candidatos é geral, com manifestações de rua em diversas cidades do estado e com inúmeros protocolos documentados pedindo investigação e providencia do Ministério Público do Paraná. Os chamados dos protestos são pelo cancelamento do concurso e por um processo seletivo com isonomia e transparência, organizado por uma instituição pública.

Não temos dúvidas de que todos esses cortes e “confusões” estão a serviço de eliminar cada vez mais candidatos, para que os aprovados sejam poucos e as vagas não sejam completadas. Pra piorar, o número de eliminações tende a ser ainda maior com a próxima fase do concurso: a prova didática de caráter eliminatório e classificatório.

Infelizmente a posição da APP sindicato acaba por legitimar a política do governo

Diante dessa situação a direção estadual da APP-Sindicato busca alternativas paliativas disponibilizando o departamento jurídico da entidade aos sindicalizados prejudicados no concurso e afirmando que como entidade não tem a prerrogativa de solicitar juridicamente a correção dos problemas relacionados ao processo de seleção do concurso.

Entendemos que a direção da APP tem sim que tomar posição e como direção sindical dos trabalhadores da educação deve mobilizar a estrutura da entidade e mobilizar a categoria contra a política do governo Beto Richa (PSDB) que visa precarizar o trabalho dos educadores e implantar a meritocracia no setor. 

As manifestações organizadas independente da estrutura sindical questionam o processo na sua totalidade propondo o cancelamento do concurso, e novo processo de seleção transparente, organizado por uma instituição pública. Ou a direção da APP apoio e incorpora essa luta ou vergonhosamente capitula ao governo e à PUC. 

Hoje, não defender a anulação do concurso é ser injusto com milhares de candidatos que foram utilizados pelo governo para a aplicação de suas políticas neoliberais! Por isso defendemos:

1- Imediata anulação do concurso e abertura de um novo processo com manutenção das inscrições e sem etapas eliminatórias;

2- A PUC não está apta e nem tem mais credibilidade para tocar outro concurso. Que o próximo concurso seja necessariamente organizado por uma instituição pública;

3- A direção da APP sindicato não pode continuar conivente aos desmandos do governo Beto Richa e à PUC. Ou muda de lado, ou estará fazendo um grande desserviço à educação pública!

4- A Direção da APP sindicato deve mudar de posição e se posicionar pela anulação do concurso!

Todo apoio às manifestações públicas, assim como às ações impetradas contra o concurso!