quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

REPUDIAMOS A AGRESSÃO FÍSICA PRATICADA POR UM MILITANTE DO PSOL CONTRA UM MILITANTE DO COLETIVO QUEBRANDO MUROS

Nota do PSTU Curitiba em repúdio à agressão física praticada por um militante do PSOL contra um militante do Coletivo Quebrando Muros durante o Ato Contra a Copa, realizado no último dia 25/01, sábado.


“A IV Internacional arrasa os mágicos, os charlatães e os importunos professores de moral. Em uma sociedade fundamentada sobre a exploração, a moral suprema é amoral da revolução socialista. Bons são todos os métodos que elevam aconsciência de classe dos operários, sua confiança em suas próprias forças, suadisposição à abnegação na luta. Inadmissíveis são os métodos que inspiram nosoprimidos o medo e a submissão diante dos opressores; sufocam o espírito deprotesto e revolta e substituem a vontade das massas pela vontade dos chefes, apersuasão pela pressão, a análise da realidade pela demagogia e a falsificação. Eisporque a social-democracia, que prostituiu o marxismo, e o stalinismo - antítese dobolchevismo - são os inimigos mortais da revolução proletária e de sua moral.” (Leon Trotsky, Programa de Transição, extraído livro Documentos de fundação da IV Internacional – Congresso de 1938, pág. 81, Ed. Sundermann, 2008. Grifos nossos)

PSTU de Curitiba

No último sábado (25), aconteceu em Curitiba o primeiro ato contra a Copa chamado nacionalmente pelo site do Anonynous. O PSTU participou deste ato e levou suas palavras de ordem de “Na Copa vai ter protestos, por mais saúde, transporte e educação!” e “Aniversário de Yarmouk, liberdade ao povo palestino, liberdade ao povo sírio!”.

Neste mesmo ato, infelizmente ocorreu um fato lamentável frente ao qual nos vemos na obrigação de nos posicionar publicamente através desta nota. No início do ato o militante do PSOL, Renato Almeida, responsável pelo núcleo periférico deste partido, agrediu um militante do Coletivo Quebrando Muros. Renato desferiu um soco no rosto de um companheiro de luta. Este militante do PSOL tentava coordenar os encaminhamentos no início do ato [o curioso é que o ato foi chamado pelo Anonymous e ele colocava-se como se fosse direção do mesmo], e surpreendentemente, praticou a agressão por que um militante do PSTU pediu a palavra para propor aos manifestantes uma palavra de ordem, mas em posse do megafone ele se recusou a conceder a palavra, neste momento um militante do Coletivo Quebrando Muros colocou-se a defender a democracia entre os que lutam para que todos ativistas e organizações tivessem o direito de falar no protesto, foi quando Renato reagiu descontroladamente com um soco no rosto deste militante.

Mais adiante, ainda durante o ato, vimos Renato dirigir-se até o companheiro que havia agredido para pedir desculpas. Na hora entendemos esta atitude como um primeiro passo no sentido de resolver este episódio entre as organizações de esquerda, porém, ontem (28), fomos novamente surpreendidos com a declaração publicada no site do Coletivo Quebrando Muros, que diz: “Após o vergonhoso ocorrido e de cabeça mais fria, ele [Renato] procurou nosso militante [do Coletivo Quebrando Muros] para se desculpar, usando a infeliz justificativa de que imaginava que ele fosse um militante do PSTU...”. Somos solidários ao companheiro agredido, repudiamos a agressão e não entendemos por que motivo um militante nosso mereceria ser agredido.

Lamentamos esta declaração de Renato e nos vemos obrigados a expor publicamente o que para nós significa este episódio tão ruim para os lutadores, queremos contribuir em aproximar todos os que lutam pautados por uma moral revolucionária. Sobretudo por que as organizações de esquerda precisarão estar juntas nas lutas deste ano, por que queremos estar ombro a ombro com os revolucionários no momento da revolução brasileira, mas também por que estamos empenhados em construir uma Frente de Esquerda com o PSOL e PCB nas eleições de 2014.

Não igualamos a atitude individual de um militante do PSOL ao que significa este partido enquanto organização mais ampla no campo da esquerda, composta por militantes honestos que confiam e apostam neste projeto como instrumento de transformação da sociedade. Respeitamos o PSOL e seus militantes. Por este motivo achamos que o partido precisa adotar uma posição pública frente à agressão física praticada por um de seus militantes contra um companheiro de luta, e também por ter apresentado a justificativa de que fez isso achando que era um militante do PSTU. As medidas internas cabem estritamente ao partido. O que ocorreu é muito grave e não pode acontecer de novo. Como ir para as lutas e nos aliar com aqueles que querem nos atacar fisicamente? É preciso refletir e entender a fundo o que ocorreu, por que esta concepção e prática é parte da degeneração moral da sociedade capitalista a qual as organizações de esquerda (incluindo nós) não estamos imunes. A virtude está em como enfrentamos estas pressões e episódios concretos no sentido de corrigir os erros.

Ao longo da história, o stalinismo usou dos métodos físicos para eliminar seus adversários políticos no terreno da classe trabalhadora, os famosos processos de Moscou e o assassinato de León Trotsky são a face mais visível do que foram esse métodos no século passado. O fascismo foi sem dúvida à corrente mais nefasta da história contemporânea, surgiu com o propósito de exterminar fisicamente a vanguarda revolucionária do proletariado e destruir suas organizações. Mas é o Estado Burguês o principal instrumento de dominação de classe, através do qual a burguesia exerce seu poder através de diferentes regimes, democracia burguesa, bonapartismo ou ditaduras fascistas, os regimes variam conforme a correlação de forças, mas a repressão física sempre é o principal método quando as massas ameaçam o poder da classe dominante. Por isso é tão grave a agressão física entre militantes que reivindicam ser de esquerda. 

O que significa a agressão física entre militantes de esquerda?

Vamos direto ao ponto, esta agressão física de um militante de esquerda significa: a divisão da nossa classe; a divisão daqueles que vão as ruas protestar; o enfraquecimento das lutas; semear a desconfiança entre as organizações que se propõem fazer a revolução socialista dos trabalhadores. No fato em questão vários ativistas e jovens viram a agressão física e os motivos pelo qual ela aconteceu - que educação política eles tiveram ao ver este fato? E se fascistas tivessem se aproveitado da situação para agredir fisicamente a vanguarda de esquerda? Esta conduta está relacionada à degeneração moral da sociedade burguesa contemporânea, e também a degeneração das direções reformistas que controlam e vivem dos aparatos. A conduta foi irresponsável na forma e reacionária no conteúdo. Mesmo assim estamos dispostos a superar esta situação na prática.

No seio da classe trabalhadora existem diversas correntes de pensamento, que refletem a teoria e o programa do reformismo, do centrismo, do anarquismo, do anarco-sindicalismo e do marxismo. A ultra direita também tenta influenciar o movimento de massas com o seu programa, para avançar neste objetivo precisa desmoralizar e derrotar as organizações revolucionárias, mas a ultra direita não vem do seio da nossa classe, é um elemento estranho e alheio ao movimento dos trabalhadores.

A democracia operária, entendida como a democracia ampla da classe trabalhadora em luta, é o principal instrumento pelo qual podemos organizar as tarefas políticas dos trabalhadores. Todos os programas políticos defendidos pelas organizações devem conquistar a classe operária e a juventude através da experiência prática na luta pela derrubada do capitalismo e destruição do seu Estado opressor. Isso é assim por que qualquer revolução é obra das massas rebeldes insatisfeitas com os seus governantes, é quando o programa revolucionário pode se combinar a atividade e necessidade das massas no caminho da tomada do poder, desde que exista uma organização com certa influência de massas.

Sem a democracia operária não é possível a colaboração das organizações de esquerda para organizar a ação revolucionária das massas. A unidade da esquerda está relacionada à necessidade que a classe trabalhadora tem de se unificar para enfrentar a burguesia e seu Estado. Isso não significa ter acordo em tudo, mas sim de respeitar as diferenças e a decisão da maioria. A experiência política e prática dos trabalhadores é quem deve dar o veredicto sobre qual é o programa mais justo.

Por isso, assim como Trotsky opinamos que “Bons são todos os métodos que elevam a consciência de classe dos operários, sua confiança em suas próprias forças, sua disposição à abnegação na luta.” O que aconteceu precisa ser assimilado no seu significado mais profundo, repetimos, nenhuma organização está imune as pressões cotidianas advindas da degeneração da sociedade capitalista, uma expressão contundente do que estamos dizendo é a reprodução do machismo, da homofobia e do racismo nas organizações de esquerda e nos movimentos sociais, consequência do aumento dessas formas de opressão na sociedade contemporânea.

O episódio de agressão física que nos levou a expor algumas de nossas opiniões nesta nota também é mais uma expressão da degeneração moral das organizações de esquerda [neste caso de seu militante] sob o capitalismo. Foram muitos anos sem ascenso, o que fez prevalecer com mais força o conteúdo moral do “vale tudo”, de natureza burguesa e pequeno-burguesa. O stalinismo e a social democracia foram às correntes responsáveis por introduzir os métodos da calúnia, agressão, fraudes nas eleições sindicais, roubo nos sindicatos e até mesmo o uso da opressão como instrumento de disputa política no movimento dos trabalhadores. Nós repudiamos esses métodos, por que eles não contribuem para o fortalecimento da nossa classe na luta contra o capitalismo.

Contra a moral burguesa degenerada, defendemos a moral proletária e revolucionária

O proletariado [trabalhadores assalariados] é a única classe progressiva de nossa época, é a única capaz de unir todos os explorados e oprimidos na luta contra o capitalismo, para levar adiante as tarefas políticas que a classe dominante de nossa época não é capaz de atender. A moral dos trabalhadores em luta em uma greve ou mobilização política é muito superior a moral burguesa. Para enfrentar os patrões e os governos os trabalhadores precisam unir-se em base a mais ampla solidariedade de classe e espírito combativo, esta moral é coletiva e não individual, na luta de classes tudo o que é individual ou subordina-se ao coletivo ou será repudiado e excluído pela maioria dos trabalhadores.

A moral revolucionária parte da moral proletária, da necessidade da união coletiva, onde acertos e erros são assimilados em base a democracia operária, mas se eleva acima dela, por que está relacionada à construção de organizações [para nós partidos revolucionários do tipo bolchevique] que tem por objetivo fazer a revolução socialista que derrubará o capitalismo e destruirá o Estado Burguês, abrindo caminho para a construção de uma sociedade sem classes em todo o mundo. Estas organizações precisam ser forjadas em base a mais elevada confiança mútua entre seus membros, que estão organizados em base a um programa revolucionário. Essa é moral da revolução socialista internacional, sem a qual é impossível organizar a vanguarda que trabalhará e se sacrificará conscientemente pela tomada do poder. 

Unidade dos lutadores de esquerda para enfrentar o verdadeiro inimigo 

Desde as jornadas de junho ficou claro como água o descaso dos governos e a polarização social do país, as grandes manifestações desnudaram quem está a favor das massas e quem está contra elas. Sem igualar o papel de cada um, nossos inimigos são os governos, o Estado Burguês, o imperialismo, o fascismo, a burguesia, as burocracias e o reformismo.

Nos manteremos nas ruas e dispostos a colaborar com as demais organizações de esquerda nas próximas lutas. Temos enormes desafios neste ano, à unidade de ação não significa que teremos acordo em tudo, defenderemos a política que acreditamos ser melhor para fazer avançar a correlação de forças a favor da nossa classe, defenderemos a democracia operária nas lutas. Nenhuma agressão física deve ocorrer entre os lutadores, nossa violência de classe terá endereço e hora, quando as massas tiverem dispostas a enfrentar o Estado burguês, os agentes reformistas e os governos. Lutemos contra o capitalismo, seus governos, seus agentes e seu Estado opressor. Nossas armas serão o convencimento político, a análise da realidade, a unidade na ação política, a fraternidade, a franqueza, a honestidade, a solidariedade de classe e a moral da classe trabalhadora em luta. Esforcemo-nos em superar este episódio.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

FIFA ameaça deixar Curitiba fora da Copa!


Nossa posição frente aos escândalos que envolvem o mundial


Direção Estadual do PSTU no Paraná


Nesta semana, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, visitou as obras na Arena da Baixada e após reunir-se com os representantes do governo estadual e da prefeitura municipal declarou que Curitiba pode ficar fora da Copa. Essa notícia trouxe à tona o debate sobre os escandalosos gastos públicos com as obras da Copa em detrimento de mais investimento em serviços públicos além de alertar também para os interesses privados que estão por trás do megaevento.

Em 2007, o então presidente Lula (PT), principal responsável por trazer a Copa para o Brasil, declarou inúmeras vezes que não haveria investimento público nas obras privadas necessárias para realização do mundial, “Tudo será bancado pela iniciativa privada” afirmou na época. Lula não disse a verdade, pelo menos não é o que os fatos revelaram desde então. A soma gasta (diga-se desperdiçada) pelos cofres públicos já ultrapassou a quantia de R$ 20 bilhões, dinheiro público que poderia ter sido investido prioritariamente em saúde, educação, transporte e moradia popular. Esse investimento não ocorreu por que a promessa do ex-presidente não foi cumprida.

A estimativa é que ao final das obras, somente a prefeitura de Curitiba terá gasto mais de R$ 500 milhões, um verdadeiro escândalo quando consideramos as condições precárias dos serviços públicos voltados a população na capital. Em 2009, a reforma da Arena havia sido estimada em R$ 135 milhões, hoje os gastos já ultrapassaram os R$ 265 milhões e as obras ainda estão inconclusas. A prefeitura anunciou ter gasto até o momento cerca de R$ 220 milhões com a Copa. Sem considerar os gastos com as obras, o governo do estado irá gastar mais R$ 100 milhões para reforçar a repressão.

Quem ganha com a Copa?

Os governos e a grande imprensa fazem uma ampla campanha para convencer a população dos benefícios que as obras de infraestrutura da Copa trarão para as cidades, ao mesmo tempo, dizem que os que se colocam contra os escândalos relacionados a Copa não torcem pelo Brasil. Mentira e Manobra! Não vemos problema algum em torcer pela seleção e pelo Brasil, essa discussão é falsa e tem o objetivo de desviar o verdadeiro debate em questão. A verdade é que os governos estão despejando montanhas de dinheiro público na iniciativa privada para realizar um evento onde a esmagadora maioria do povo brasileiro não terá acesso aos jogos e supostos benefícios trazidos pelo mundial.

A Copa do Mundo é um evento privado, controlado integralmente pela FIFA e seus patrocinadores. Como tudo no capitalismo, é mais um ótimo negócio para os grandes grupos empresariais envolvidos nas obras, no turismo e na propaganda comercial de seus produtos. Uma sacanagem tremenda com o povo trabalhador, por que estamos falando de montanhas de dinheiro público que deveriam ser revertidos em benefício da maioria da população e não para enriquecer ainda mais os que já são muito ricos.

No caso da Arena, o pior de tudo é que até então os recursos públicos vinham sendo administrados diretamente pela iniciativa privada, para sermos mais exatos, por Mário Celso Petraglia. Maior irresponsabilidade dos governos estadual e municipal impossível.

A maioria dos trabalhadores e da juventude irão assistir o mundial, da mesma forma que assistiriam se ele fosse realizado em outro país, ou seja, pela televisão. Ao final, quem terá ganho é a burguesia, pois terá acumulado mais riqueza através dos cofres públicos. Os governos escolheram ficar do lado da FIFA e de todos os setores da burguesia envolvidos no mundial.

Fruet (PDT), Richa (PSDB) e Dilma (PT) são responsáveis pelo desperdício de dinheiro público

Em última instância, todos (Petraglia, Prefeito, Governador e Presidente) devem responder pelo desperdício de dinheiro público e devolver para o povo esses recursos.

No ano passado as jornadas de junho demonstraram o descontentamento de milhões de jovens nas ruas; as manifestações questionaram os gastos com a Copa enquanto os serviços públicos voltados à população sofriam com o descaso dos governos.

Hoje vemos que nem Dilma, nem Richa e nem Fruet ouviram as vozes das ruas, ao contrário, seguiram aplicando a mesma política de desperdício de dinheiro público para favorecer interesses privados.

Como já dissemos, todos os recursos foram administrados diretamente por Petraglia, e somente agora, quando a FIFA ameça deixar Curitiba fora da Copa, é que o governo estadual e a prefeitura resolvem assumir a gestão das obras do estádio. O risco é que após tanto dinheiro do povo desperdiçado o mundial não aconteça em Curitiba. Por isso defendemos que os governos e Patraglia devem responder pelo fato de terem enriquecido as empresas com o dinheiro público.

Superexploração dos operários nas obras

Não é novidade para ninguém que os operários vinham sendo superexplorados nas obras da Arena. A constatação das autoridades de que é necessário dobrar o efetivo de trabalhadores para dar conta das obras é a confirmação deste fato. 

Aliás, não faltaram reclamações dos operários quanto as condições de trabalho e até atrasos no pagamento dos salários. Esse é outro lado da discussão que não vamos ocultar: Por conta disso, 6 operários morreram nas obras dos estádios país afora e nem os governos e nem os patrões se esforçaram em atender as reivindicações dos trabalhadores.

Na Copa vai ter luta! Além de torcer teremos de ir as ruas!

Chega de dinheiro para a Copa do Mundo da FIFA e para as grandes empresas. É preciso mais dinheiro para saúde, educação, moradia e transporte público. 

No ano da Copa, precisamos ir as ruas para exigir dos governos que as demandas levadas as ruas em junho do ano passado sejam atendidas.

Sabemos que a maioria do povo brasileiro irá torcer para a seleção no mundial. Mas ao final da Copa, independente da seleção campeã, o fato é que as demandas levantadas nas jornadas de junho de 2013 não terão sido atendidas, com o agravante dos cofres públicos terem sido esvaziados para atender o tão falado “Padrão FIFA” e os interesses das grandes empresas envolvidas no mundial.

Os trabalhadores e a juventude não podem somente torcer, é necessário irmos as ruas para exigir dos governos de plantão que atendam as demandas de junho, exigir que devolvam os recursos públicos desperdiçados para que eles sejam investidos em saúde, transporte, moradia e educação. Mais do que isso, se esses recursos não forem devolvidos devemos exigir a Estatização de todos os estádios que tiveram o aporte de recursos públicos.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Após cinco anos em construção, Contorno Norte é inaugurado.

Após 5 (cinco) anos de construção, marcados por atrasos na obra, protestos de moradores prejudicados e principalmente por suspeitas de superfaturamento, o Contorno Norte de Maringá (segundo o governo uma das principais obras do PAC-2) é inaugurado. A obra, que teve investimentos de mais de R$ 400 milhões, ficou paralisada durante 1(um) ano a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de irregularidades. Após acordo com o TCU a empresa responsável pela obra, Sanches Tripoloni, reduziu o orçamento da segunda parte da obra em R$ 10 milhões e assim, a construção foi retomada.

De 2009 (ano do início das obras) até a inauguração na última sexta feira (10/01/13) muita polêmica esteve envolvendo construtoras e empreiteiras, não somente na construção do Contorno Norte, mas também escândalos de corrupção em várias pastas ministeriais dos Governos Lula e Dilma. Vale lembrar aqui o caso que sacudiu o Ministério dos Transportes em 2011, derrubando o então Ministro Alfredo Nascimento (PR) suspeito de superfaturamento em obras públicas e recebimento de propinas envolvendo servidores e órgãos ligados à pasta. Também pesou nesse processo o aumento mais que suspeito do patrimônio de seu filho em 86.500% (oitenta e seis mil e quinhentos por cento), em apenas 5 anos. Além do Ministro, o diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) à época Luiz Antônio Pagot foi afastado do cargo e posteriormente condenado por improbidade por fraudar licitação quando ocupava o cargo de Secretário de Estado de Transportes do Mato Grosso, em 2004.

Os financiadores de campanha e a farsa do jogo eleitoral: um dos motivos de tanta corrupção!

Como sabemos, as campanhas eleitorais dos candidatos tidos pela imprensa como os "principais", envolvem quantias milionárias. O resultado de tudo isso é que após o término do processo eleitoral, as empresas financiadoras vão atrás daqueles políticos eleitos e que receberam suas "bondades" para cobrar o retorno do "investimento". Isso é bem conhecido no linguajar popular como: "Quem paga a banda, escolhe a música". Dessa forma, bancos, megaempresários, empreiteiras e construtoras, passam a ditar a forma como será conduzida as políticas dos eleitos, cada um, "puxando a sardinha" para o seu lado. É aqui que entram os grandes esquemas de corrupção, propinas e toda uma sorte de acordos, onde sempre os únicos que não são beneficiados, são os trabalhadores.

No início do ano passado acompanhamos o caso emblemático da Delta Construtora, onde gravações telefônicas expunham as suspeitas de pagamento de propinas a autoridades para assegurar contratos com o poder público. A Delta acabou sendo proibida de selar contratos com o Governo Federal, recebendo o status de inidônea pela Controladoria Geral da União (CGU), em 2012. Com essa decisão, a empresa ficou proibida de participar de licitações ou de ser contratada pela administração pública. Obviamente, em ano eleitoral, a Delta obteve essa semana, através do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão da declaração de idoneidade, podendo voltar a participar das licitações e ser contratada para executar obras. Isso é um absurdo, porém, no vale tudo eleitoral, isso é possível!

Em ano eleitoral inauguração de obra de um grande financiador de campanha de políticos da região

Da forma em que se organiza as eleições, o jogo eleitoral se torna um grande jogo de interesses. Os financiadores, ao findar dos processos eleitorais, começam a cobrar "a sua parte" para que possam aumentar seus lucros. Somente a Sanches Tripoloni (responsável pelo Contorno Norte), segundo a cobertura jornalística, teria aumentado os seus contratos com o DNIT, entre 2004 e 2010 (governo Lula) em 1.273%. De R$ 20 milhões em contratos, passaram para R$ 267 milhões. Nesse mesmo período, também aumentaram os financiamentos de campanha.

Vale lembrar que esse empresa "doou" nas últimas eleições ao PT, PP e PMDB (todos aliados no governo federal) a soma de R$ 6 milhões! Entre os financiados estão a atual Ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), Ricardo Barros (PP) e Ênio Verri (PT). Não é a toa que PT e PP dividiram o palanque na inauguração, mostrando que não existe diferença de projeto entre esses partidos pois, no frigir dos ovos, terão que responder aos interesses de seus financiadores.

É hora de virar esse jogo!

Os trabalhadores e a juventude precisam virar esse jogo de interesses onde os trabalhadores produzem, mas quem fica com o lucro é a burguesia. As grandes manifestações de junho, as greves e paralisações de julho e agosto de 2013, mostraram o caminho. A organização e a luta são as únicas saídas e a principal ferramenta que dispomos para mudar essa situação. 

O PSTU apresenta suas candidaturas às eleições, porém, sabemos que não serão as eleições que mudarão a vida dos trabalhadores. O espaço eleitoral burguês, mais do que nunca, precisa ser utilizado para chamar a juventude e os trabalhadores paranaenses e de todo o país a retornarem às ruas para que suas reivindicações sejam atendidas! Precisa ser usado no sentido de contribuir para fortalecer a confiança de nossa classe em suas próprias forças. Nossas candidaturas não receberão dinheiro algum de empresários e bancos. Isso para nós é um princípio! Faremos nossa campanha com a contribuição dos trabalhadores e da juventude e estaremos ombro a ombro nas lutas!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

PSTU lança pré-candidatura de Rodrigo Tomazini ao Governo do Estado do Paraná

Um pré-candidato pela construção da Frente de Esquerda Socialista no Estado.
Direção Estadual do PSTU do Paraná


As eleições de 2014 acontecerão em uma nova situação política e colocam um enorme desafio para a esquerda brasileira. As jornadas de junho e as greves de julho e agosto mostraram que os governos de todas as esferas não estão do lado do povo. Pela primeira vez depois do Movimento pelas "Diretas Já!" e o "Fora Collor" os trabalhadores e a juventude de nosso país colocaram-se na ofensiva emparedando os patrões e seus representantes no parlamento.

A juventude e os trabalhadores sairam as ruas para lutar contra a corrupção e a péssima qualidade nos serviços públicos, e em meio a diversas reivindicações, levantaram palavras de ordem que demonstraram um enorme desejo de mudança. Mas as mudanças de fundo não vão ocorrer com os governos que aí estão, isso é assim por que eles governam para os capitalistas. A vitória que tivemos contra o aumento das passagens demonstrou que o caminho é a luta, ao mesmo tempo, ficou claro que os governos não estão dispostos a atender as reivindicações das ruas, pressionados pelas mobilizações foram obrigados a fazer algumas concessões.

Apesar das conquistas importantes obtidas (retirada do Projeto “Cura Gay”, derrubada da PEC 37, redução das tarifas de ônibus), as mudanças estruturais reivindicadas pela juventude em Junho não saíram do papel. O Passe Livre Estudantil Nacional chegou a ser debatido no Senado mas atualmente pouco ou nada se fala. As privatizações no setor de infraestrutura do país continuaram e pouco se fez para por fim a corrupção. Ao mesmo tempo, o Orçamento Federal para 2014 mantém o repasse de quase metade de nossa riqueza para a agiotagem internacional, restando pouco mais de 3% para a saúde e 4% para a educação, sinalizando para quem se governa de fato neste país.

Por isso, seguirá o caos na saúde e educação pública, como também no transporte coletivo. Dezenas de prefeituras já ensaiam aumento das tarifas para o começo do ano. Seguem as privatizações do Petróleo e o aumento da gasolina foi um presente de fim de ano de mau gosto de Dilma (PT) para os trabalhadores, política aplicada para atender a sede de lucros dos acionistas da PETROBRAS. O salário segue não chegando até o fim do mês e o acesso ao consumo se realiza com doses cada vez mais cavalares de endividamento pessoal.

O espaço eleitoral burguês, mais do que nunca, precisa ser utilizado para chamar a juventude e os trabalhadores paranaenses a retornarem às ruas para que suas reivindicações sejam atendidas! Precisa ser usado no sentido de contribuir para fortalecer a confiança de nossa classe em suas próprias forças. 

Quem é Rodrigo Tomazini?

Rodrigo Tomazini foi candidato a deputado estadual pelo PSTU em 2010 e sempre esteve na luta da classe trabalhadora. Iniciou sua militância no movimento estudantil, ocasião em que participou ativamente das mobilizações contra as privatizações dos governos de Jaime Lerner (na época do PFL) e Fernando Henrique (PSDB). Esteve nas mobilizações contra a privatização do Banestado, Copel e da educação superior. Ocupou papel de destaque como liderança da luta que impediu que todo o lixo de Maringá e Região fosse destinado para Sarandi, em seguida participou ativamente das manifestações que levaram a cassação do ex-prefeito desta cidade, Milton Martini (PP). Foi preso e perseguido por estar ao lado dos trabalhadores. Por trabalhar no setor da educação, a luta pela educação pública, gratuita e de qualidade é parte da sua atuação política.

Por uma Frente de Esquerda Socialista no Paraná e um programa que reflita as jornadas de junho e as greves de 2013

Sabemos o limite das eleições e por isso somos um partido revolucionário que defende a revolução socialista. Mas também sabemos o quanto é importante apresentar uma alternativa socialista nas eleições em 2014, que se proponha governar com e para os trabalhadores.

Para nós, tanto Beto Richa (PSDB) quanto Gleisi Hoffmann (PT) e Requião (PMDB), defendem uma política econômica que beneficia os grandes empresários e o agronegócio, através das privatizações, isenções de impostos, arrocho de salários e sucateamento dos serviços públicos. Se por um lado Dilma, ao lado de Gleici Hoffmann, vem privatizando o petróleo, estradas, aeroportos e hospitais universitários, Beto Richa quer votar um projeto de lei que privatiza quase todo o serviço público estadual através das fundações estatais de direito privado. 

Gleisi Hoffmann, é até então, a principal responsável no governo federal pelos planos de privatização da infraestrutura do país, é defensora da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que significa a privatização dos Hospitais Universitários) e também a fiel escudeira dos latifundiários, grileiros de terras e multinacionais ligadas ao agronegócio contra a população indígena.

Neste cenário precisamos apresentar uma alternativa socialista. É em apoio as lutas e mobilizações dos trabalhadores e da juventude que o PSTU lança a pré candidatura de Rodrigo Tomazini ao Governo do Estado.

Para se contrapor as alternativas burguesas em âmbito nacional lançamos o operário metalúrgico José Maria de Almeida como pré-candidato à Presidência da República. Mas também no Paraná, é preciso a conformação de uma Frente que envolva o PSTU, PSOL e PCB, que busque apoio nos movimentos sociais e lutadores que foram às ruas no ano passado. Tal Frente deve apresentar um programa classista e anticapitalista; que combata a exploração; o machismo, racismo e a homofobia; que reflita a pauta das jornadas de junho e greves do segundo semestre de 2013; que seja financiada pelos trabalhadores e a juventude para poder ter independência programática.

É tarefa da esquerda lutar contra os governos e parlamentares que não representam a nossa classe. E Somente um programa operário e socialista pode dar conta desta tarefa. Para poder expressar as necessidades da classe trabalhadora em oposição aos interesses da burguesia.

Contatos:

(41) 9600 2745 - Curitiba e Região Metropolitana
(44) 9963 5770 - Maringá e Região Noroeste
(45) 9951-2672 - Cascavel e Região Oeste
 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Beto Richa investe milhões para fortalecer a repressão durante a Copa

Preparar a luta pela pauta de junho e contra a repressão durante a Copa do Mundo

Marcello Locatelli Barbato, pela direção Estadual do PSTU

O governo do Paraná vai investir cerca de R$ 100 milhões para reforçar o aparato de segurança do Estado durante a Copa do Mundo, até o momento, é a subsede que
anunciou os maiores investimentos.

Dois caminhões equipados com tecnologia de inteligência foram comprados, cada um custou R$ 5 milhões de reais. O objetivo do governo é fazer uma verdadeira blindagem de Curitiba na Copa do Mundo, onde o foco será o controle e repressão daspossíveismanifestações de rua.

Cerca de 38 instituições estão envolvidas na elaboração do plano de segurança que será adotado em Curitiba, entre elas a Polícia Federal, Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros. Após as jornadas de junho, que levaram milhões de jovens as ruas exigindo mudanças no país, o foco do planejamento mudou: Não nos iludimos. Não temos a menor dúvida de que os protestos voltarão com um vulto muito maior durante a Copa. Por isso estamos bem preparados e teremos uma força dez vezes maior do que foi visto na Copa das Confederações(1), afirmou Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia, presidente da Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para Grandes Eventos do Estado do Paraná (COESGE). A preparação deste plano envolve agencias de segurança dos EUA, Inglaterra, Alemanha e África do Sul, esses dois últimos por que foram sedes do evento recentemente.

A repressão as manifestações e a criminalização dos movimentos sociais

É preocupante e deve servir de alerta a todos os lutadores a postura de Beto Richa. Sobre tudo por que ele não é o único que caminha neste sentido, os representantes do poder executivo de diferentes esferas e estados deram sinais de que estão dispostos a endurecer a repressão contra os trabalhadores e a juventude. A forte repressão as manifestações e a greve dos professores no Rio de Janeiro, aos protestos contra o Leilão de Libra e a invasão das casas dos jovens que estiveram nos protestos no Rio Grande do Sul, são a demonstração de que a repressão vai aumentar.

O caso do leilão de Libra foi emblemático, a polícia do governador do Rio, Sérgio Cabral, contou com o reforço da Força Nacional de Segurança, do Exército e da Marinha de Dilma para reprimir os manifestantes que foram as ruas contra a privatização da maior reserva de petróleo do Brasil.

A criminalização vai piorar, em agosto de 2013, a presidente Dilma sancionou a Lei 12.850, que visa legalizar a perseguição política no país, uma vez que autoriza a investigação e prisão daqueles que se reúnem para organizar as manifestações. Esta mesma lei autoriza a infiltração policial nas organizações, além de acesso as ligações telefônicas, dados bancários e comerciais para fins de investigação. Depois, em 27 de novembro, foi aprovada na Comissão Mista de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação de Dispositivos Constitucionais, o projeto de lei que qualifica e penaliza ações terroristas, que possui uma definição tão ampla que poderá ser usada contra os protestos políticos. Em pleno governo que se diz dos trabalhadores estamos retrocedendo a práticas que se assemelham as adotadas no período do regime militar.

Neste contexto, preocupa a política do governo do Paraná, o qual anuncia publicamente que o foco do plano de segurança durante os jogos da Copa em Curitiba será as manifestações. Hoje posso dizer que as forças de segurança pública estão se preparando para as mobilizações, afirmou  Cardinelle.

Dinheiro público para Copa tem, para melhorar a vida do povo não

Os grandes protestos que ficaram conhecidos como jornadas de junho, representaram a voz de indignação e o clamor por mudanças por parte da juventude. Milhões foram as ruas para dizer basta a corrupção e também para exigir melhorias na saúde, educação e transporte públicos. Os governos sabem que fizeram muito pouco, na verdade quase nada, e por isso, se preparam para  uma nova onda de manifestações durante a Copa do Mundo.

Da copa eu abro mão, queremos saúde, transporte e educação, foi uma das palavras de ordem que marcaram os protestos de massas. Esta reivindicação levantada contra os governos evidenciou a revolta frente aos gigantescos gastos com a Copa e o enorme descaso com os serviços públicos. Portanto, ao anunciar que o foco será a repressão das manifestações, o governo assume que pouco lhe importa as reivindicações vindas das ruas, assume que dinheiro para repressão durante a Copa tem e para melhorar a vida do povo não.

Mais repressão ou desmilitarizar a polícia militar

A polícia deveria ter a função social de assegurar a segurança na sociedade, mas a realidade é bem diferente, na prática age como instituição de controle e repressão para manter a ordem no Estado Democrático de Direito.

Em uma sociedade dividida em classes sociais, como é a sociedade na época capitalista, onde a riqueza de poucos existe em base a pobreza de muitos, as leis não podem jamais representar os interesses de todos de maneira igual, na verdade ocorre o oposto, em noventa e nove por cento dos casos as leis representam os interesses e a segurança da classe dominante, da propriedade privada capitalista, da acumulação de riqueza e da livre circulação de mercadorias. Na medida em que a acumulação de riqueza produz mais pobreza, mais contradições sociais, mais violência e mais criminalidade, a polícia assume papel preponderante no controle social dos pobres, tudo em nome da ordem. A juventude negra é a mais criminalizada por esta triste realidade.

Nos momentos em que os trabalhadores saem para lutar a polícia mostra sua função central, que não é outra senão manter a ordem na democracia burguesa, o que significa manter tudo sob controle do ponto de vista da classe dominante. A repressão aos levantes e manifestações da classe trabalhadora ao longo da história, e agora, mais recentemente na Europa, Norte da África, Oriente Médio e também no Brasil, são a prova prática inconteste do verdadeiro papel das instituições de repressão do Estado.

No Brasil a polícia militar é a principal instituição de repressão do Estado na atualidade. Parte da sua truculência e decadência estão relacionadas a função de repressão política durante o período de ditadura militar. A hierarquia militar e o forte aparelhamento em armas garantem maior controle e efetividade em exercer a repressão as manifestações e a criminalização da juventude pobre nas periferias e dos movimentos sociais.

A hierarquia militar garante maior controle do aparelho policial como um todo, ao mesmo tempo, garante a direção das ações da polícia em conformidade com as diretrizes e objetivos políticos dos governos. Os subordinados são obrigados a acatar as ordens e ponto, do contrário são penalizados rigorosamente pela legislação militar.

Defendemos a desmilitarização da polícia militar, e que o seu controle seja exercido pelos trabalhadores. Os comandantes devem ser eleitos pelo povo e seus mandatos devem ser revogáveis a qualquer momento. Os chefes imediatos devem ser eleitos pelos próprios policiais. O controle democrático das ações da polícia e a sua desmilitarização são necessários para que esta instituição possa exercer a segurança da sociedade.

Essas medidas, contudo, não são suficientes para resolver o problema da segurança e da criminalidade no capitalismo. A juventude e a classe trabalhadora precisam ter o futuro assegurado, e isso, pode ser garantido com emprego, melhores salários, saúde pública de qualidade, educação pública de qualidade, acesso ao laser e a cultura, moradia, etc. Essas demandas não podem ser resolvidas sem uma revolução socialista dos trabalhadores.

Não precisamos nem de repressão e nem de polícia militarizada. Abaixo a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. Pela criação de polícias comunitárias sob o controle dos trabalhadores. Fim da legislação militar.

Preparar a luta pela pauta de junho e contra a repressão durante a Copa do Mundo

Temos o direito e o dever de sair as ruas novamente durante a Copa do Mundo, por que ela simboliza o descaso dos governos, gastou-se bilhões com as obras da Copa e pouco se fez para melhorar a vida da classe trabalhadora e da juventude. Não podemos aceitar esta política de repressão engendrada por Beto Richa e seus designados comandantes.

A maioria das demandas levadas as ruas continuam insatisfeitas, por isso mesmo, precisamos voltar as ruas com os gritos de ordem que ganharam força nas ruas: “Da Copa eu abro mão, quero saúde, transporte e educação,Basta de Corrupção,Queremos melhores condições de vida e moradia para todos,Fora Feliciano, etc.

Está colocada a tarefa de construirmos uma ampla unidade entre todos aqueles e aquelas que saíram as ruas, uma ampla unidade que inclua os sindicatos, as centrais sindicais, os partidos que representam os trabalhadores, as entidades estudantis e os movimentos sociais. Essa unidade deve levantar e defender através da luta a pauta das jornadas de junho.

Projetando a volta dos protestos na Copa, Cardinelle disse: “… estamos bem preparados e teremos uma força dez vezes maior do que foi visto na Copa das Confederações. Contra o espírito reacionário deste infeliz, nada melhor do que um levante dez vezes maior do que vimos em junho, apesar que bastaria um levante de massas três vezes maior, com a condição de que a classe operária entrasse em cena como sujeito social ativo. Não sabemos se isso vai ocorrer, mas rimos ao saber que a burguesia e os governos tremem de medo do que está por vir na Copa.

Nosso partido estará ao lado da classe trabalhadora e da juventude nas próximas lutas, iremos até o fim, podem contar conosco.