Resposta da Direção Estadual do PSOL

Camaradas da Direção Estadual do PSTU,

Queremos agradecer a carta enviada ao presidente do PSOL. Inicialmente, registramos que nosso entendimento era que a conversa feita via Facebook entre o camarada Marcello e nosso pré-candidato ao governo, Bernardo, acerca do resultado de nossa Conferência Estadual, já era uma posição oficial de nosso partido. Reconhecemos também que isso foi pouco.

Iniciamos o processo de conversa com os dois partidos que compõem o espectro da frente de esquerda PCB e PSTU a partir de nossos eixos programáticos e de resoluções aprovadas em nosso Congresso Estadual realizado em outubro de 2013. Apontávamos a disposição da construção da unidade entre a esquerda, porém como bem salientam no documento apresentado, considerando o peso social de cada partido para estabelecer os marcos para a composição de uma possível frente eleitoral.

Em nossa Conferência Eleitoral foram aprovadas as candidaturas de Bernardo Pilotto ao Governo e Luiz Piva ao Senado. Sobre o diálogo com PCB e PSTU, definiu-se por seguir estabelecendo conversas com ambos partidos, nos marcos já definidos das candidaturas majoritárias para o PSOL. 

Esclarecemos, que a composição do PSOL enquanto partido de tendências teve peso substancial na indicação das vagas ao Governo e ao Senado.

Consideramos não menos importante que os esforços para que frentes eleitorais levem o programa socialista, comprometido com a classe trabalhadora, com a juventude e os diversos setores oprimidos de nossa sociedade, não devem se resumir a esforços no período eleitoral. Nossa unidade na luta é essencial para que possamos avançar em qualquer diálogo.

O PSOL, como já foi colocado em outros momentos, tem acordo com os 4 pontos trazidos pela vossa carta. Além disso, temos a vaga de vice a disposição em nossa chapa majoritária e, principalmente, consideramos que a questão do espaço dos partidos nos programas e na campanha como um todo não se resume a vaga na chapa majoritária. Em 2012, em Curitiba, mesmo sem ter espaço na chapa majoritária, o PCB teve um programa de TV em que o partido se apresentou e foi citado em todos os momentos da campanha.

Desta forma, reafirmamos nossa posição pela construção de uma Frente nas eleições de 2014 no Paraná.
Segue abaixo resolução do PSOL sobre Política de Alianças para as Eleições de 2014:

Considerando que:

1) O cenário eleitoral de 2014 apresenta-se falsamente polarizado entre o atual governador Beto Richa (PSDB) e a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT), já lançados como pré-candidatos;

2) O PSOL tem como tarefa histórica a construção de uma alternativa de esquerda e socialista no Estado, colocando-se também como alternativa ao requianismo;

3) A candidata do PT, atual ministra da Casa Civil, tem estado a frente das medidas mais conservadoras do governo Dilma, como o favorecimento das comunidades terapêuticas, ataque às demarcações indígenas e a privatização dos portos;

4) O PSOL tem enfrentado nas ruas as medidas liberais, autoritárias e privatizantes do governo Beto Richa, como o programa Tudo Aqui, a instalação das OS’s na saúde e cultura, o desrespeito à autonomia universitária e o arrocho salarial dos trabalhadores do serviço público;

5) Há um espaço maior para as ideias socialistas e radicais do PSOL devido a presença de uma nova geração políticas nas ruas e nos movimentos sociais, devendo o PSOL se apresentar como uma alternativa real para os trabalhadores e a juventude.

6) O PSOL aprovou em seu IV Congresso Estadual que seu arco de alianças se restringiria à construção da Frente de Esquerda, com o PCB, PSTU e movimentos sociais;

7) O PSOL aprovou em seu IV Congresso Estadual que teria candidatura própria ao governo e ao senado;

A Conferência Eleitoral do PSOL-Paraná aprova que:

1) O Diretório Estadual deve seguir estabelecendo conversas com PCB e PSTU visando construir a Frente de Esquerda para as eleições de 2014. Rechaçamos alianças com partidos burgueses, de aluguel e os ditos de “centro-esquerda”. Nossa aliança é com os movimentos sociais combativos, o PCB e o PSTU;


2) O PSOL deve construir candidatura própria para governador e senador no Paraná.

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