segunda-feira, 24 de junho de 2013

MANIFESTAÇÃO DO DIA 22/06 GARANTE VITÓRIA AOS MOVIMENTOS ORGANIZADOS EM MARINGÁ

Diferente do que assistimos na manifestação do dia 18/06 em Maringá, o ato do dia 22 foi extremamente vitorioso aos movimentos políticos e sociais. Partidos políticos, entidades estudantis e da classe trabalhadora se reuniram em frente ao DCE da UEM por volta das 16h para preparar faixas e cartazes para levarem ao ato. Por volta das 17h e 30 min nos somávamos aos demais manifestantes na Avenida São Paulo. Com um eixo de luta claro e bem definido, agitávamos nossas bandeiras, levantávamos nossos cartazes e cantávamos palavras de ordem contra a censura nos atos e em defesa de um transporte público de qualidade. Neste momento, éramos pouco mais de 150 pessoas, mas aos poucos nossa coluna foi ganhando corpo e identidade com os demais manifestantes que estavam próximos e nitidamente viam nossa diferenciação com o restante do ato.

“Sem Partido, memória curta, isso é coisa da ditadura”

Ao entrarmos na Avenida Tiradentes, iniciaram os gritos de “sem partido”, que rapidamente foram suspendidos por manifestantes que queriam escutar nossas palavras de ordem. Respondíamos chamando a juventude para lutar por liberdade de expressão. As manifestações duraram pouco e neste momento ativistas que estavam longe notaram nossa presença e logo vieram em nossa direção para se somar em nossa coluna. Provocadores e mascarados tentaram nos intimidar jogando bombas e fazendo ameaças, porém, nossa coesão em torno de nossa pauta não permitiu que caíssemos neste jogo da ultra-direita.

Com certeza chegamos à prefeitura de Maringá com cerca de 400 a 500 manifestantes. Era expressivo o tamanho que tinha crescido nossa coluna, assim como a declaração de apoio dos manifestantes que se somaram conosco. Porém, novamente fomos recebidos com hostilidades por provocares organizados. Sob ameaças físicas, bombas e uma tentativa de pedrada, mostrávamos quem eram os verdadeiros agressores. Uma bomba estourou no pé de uma ativista independente, mas não tivemos registros de nenhum incidente mais grave. Sob o grito de “falsos pacifistas”, dirigido aos provocadores, nossa coluna se sentou para mostrar que nossos inimigos, na verdade, são os mesmos, e estão nos governos, não nas ruas lutando. A grande maioria dos manifestantes, pacíficos, apesar de não concordarem com as bandeiras levantadas, que diga-se de passagem, eram diversas, seguiram seu caminho e ignoraram os provocadores. Para esses manifestantes honestos, só temos a dizer que respeitamos seu sentimento anti-partido. Este sentimento é fruto das desilusões nos partidos dominantes da burguesia e no PT. Teremos paciência para conquistar vossa confiança para um projeto político diferente. Porém, não nos cabe dizer a mesma coisa aos provocadores, que se organizam não para atacar aqueles que portam bandeiras, mas para agredir fisicamente militantes de esquerda. Estes, só merecem nosso repúdio!

Continuamos o ato em direção ao terminal, exigindo da prefeitura e da TCCC a redução do preço da passagem. Fechamos o terminal por cerca de 40 minutos e ensaiamos um pula catraca entre a população. Montamos um ato coeso, onde as distintas bandeiras coloriram e unificaram nossa luta. Quem olhava para o céu, além do tempo chuvoso e de nuvens carregadas, também via bandeiras vermelhas e negras tremulando no alto, gritando contra as injustiças e a opressão, pedindo um mundo mais justo para a classe trabalhadora e a juventude. Neste dia 22, a bandeira do PSTU, assim como de outros movimentos como ANEL, DCE-UEM, MST e as bandeiras anarquistas não baixaram um minuto sequer...

“Minha bandeira, não te faz mal, oportunista é o governo federal”

No meio do percurso, militantes da UNE, PCdoB e PT se somaram em nossa coluna, demonstrando a contradição de seus projetos políticos. Começaram a sentir o peso de 10 anos de governismo, 10 anos de bandeiras abaixadas, 10 anos fora das lutas e descoladas da massa de estudantes e trabalhadores. Agora, eles estavam conosco, fazendo coro com nossas palavras de ordem contra a violência da ultra-direita e por liberdades democráticas nos atos, mas também tolerando nossas palavras de ordem classistas, contra o governo de frente popular do PT que traiu a confiança e as expectativas da classe trabalhadora. Aos companheiros honestos desses partidos, não podemos deixar de fazer um chamado para que rompam com o governo. Ele é o verdadeiro responsável pelo povo nas ruas!

Seguiremos na luta, empunhando nossas bandeiras, marchando rumo ao socialismo. Convidamos todos a seguirem conosco nesta caminhada e se somar em nossas colunas nos próximos atos...

Por 2% do PIB para o transporte público já! 

Por mais investimentos na saúde e educação! 

Menos dinheiro para a copa! Mais investimentos em transporte, saúde e educação! 

Nem direita nem PT, Trabalhadores no Poder! 


Vídeo de nossa coluna:



Outras matérias relacionadas:



Maringa 22/06/2013 - Extrema direita ataca manifestantes!


Outras Informações sobre o ato de sábado:

quinta-feira, 20 de junho de 2013

NOTA PÚBLICA DO PSTU SOBRE OS DESDOBRAMENTOS NO ATO DE MARINGÁ DE 18/06/2013

Na última terça-feira, 18 de junho, Maringá foi palco de uma enorme manifestação. Cerca de 10 mil pessoas percorreram as ruas do centro da cidade para exigir a revogação do aumento da tarifa de ônibus e protestar contra as atuais condições de vida da população trabalhadora e pobre. Maringá não é a exceção! Em todo o país milhares e milhares de manifestantes saem às ruas em protestos espontâneos, demonstrando sua insatisfação com os governantes e a indignação com a repressão policial e a criminalização dos movimentos sociais. 

Embora o estopim das mobilizações tenha sido o aumento das passagens, é a atual política econômica do governo federal, aplicada a ferro e fogo nos estados e municípios, por governadores e prefeitos da base governista e da oposição de direita a principal responsável pelo povo nas ruas. A Inflação, o arrocho salarial e o endividamento das famílias somado à política de privatizações, concessões, desonerações ao setor privado, ataques aos direitos dos trabalhadores e mortes no campo, tudo isto tem contribuído para o descontentamento e indignação popular.

Greve dos Servidores Municipais de Maringá 2006
Nós do PSTU estamos com o povo! Estamos na luta e nas ruas construindo e compondo junto com a juventude, a classe trabalhadora e os setores oprimidos e explorados, os atos e as mobilizações, levantando palavras de ordem e ajudando a engrossar a voz dos que não toleram mais tanto descaso e humilhação. Compreendemos o sentimento antipartido de muitos dos manifestantes e os gritos contra as bandeiras dos partidos de esquerda que compõem os atos. Esse sentimento é parte, por um lado, da indignação contra os partidos e políticos tradicionais de direita, representantes legítimos da burguesia e por outro, da experiência com o PT, que após tantos anos lutando contra esses mesmos partidos e setores conservadores, acabou se rendendo a eles e ao chegar no governo, em nome de uma suposta “governabilidade”, sacrifica os interesses dos trabalhadores. Esse sentimento antipartido é, portanto, legítimo na medida em que exprime essas experiências.

Entretanto, a justeza desse sentimento, não significa que ele está correto, não se pode simplesmente colocar um sinal de igual entre todos os partidos e daí tirar a conclusão de que nenhum serve. Uma coisa são os partidos de direita, representantes da burguesia, outra muito diferente são os partidos e organizações da esquerda que sempre estiveram na trincheira da classe trabalhadora e que sempre lutaram junto com a classe e na sua defesa. Esses partidos e organizações nada têm a ver com os partidos burgueses da elite dominante e, portanto não podem ser tratados da mesma forma. 

No Brasil os partidos e organizações de esquerda sempre jogaram um papel fundamental. Organizando os trabalhadores, lutaram contra o fascismo e a ditadura militar, ajudaram a conquistar direitos, a democracia e as liberdades democráticas. Inúmeros militantes de esquerda deram o sangue e a vida para garantir a liberdade de expressão e de manifestação dos que hoje saem às ruas. Negar aos partidos e organizações de esquerda o direito de levantar suas bandeiras nos atos e manifestações é rasgar a nossa história, é jogar no lixo a honra desses militantes que tombaram na luta. 

Manifestação da Ocupação da Reitoria UEM - 2011 
O PSTU sempre esteve na luta ao lado dos trabalhadores e da juventude. Em nossa cidade, fomos um dos poucos partidos que tiveram a coragem de enfrentar a família Barros, denunciando a corrupção e os ataques aos trabalhadores. À frente do sindicato dos servidores municipais fizemos greve, na direção do DCE ocupamos a reitoria da UEM, nas eleições colocamos nossa campanha e nossos programas de rádio e TV a serviços das greves e das lutas. Estivemos à frente de greves, mobilizações, piquetes e tantas lutas mais, e muitos dos nossos militantes enfrentaram a polícia, foram ameaçados, presos e processados, o que muito nos orgulha. É por isso que temos o direito de levantar nossas bandeiras, porque somos e sempre fomos um partido que lutou e luta ao lado da classe trabalhadora e da juventude. 

Entretanto existem setores de direita e de ultradireita que valendo-se desse sentimento antipartido aproveitam para desferir ataques morais e físicos contra os partidos de esquerda e assim bloquear a organização política dos trabalhadores. Através das redes sociais incitam os manifestantes de forma a coibir nossa participação nos atos. De maneira antidemocrática, provocadores e militantes fascistas nos atacam, arrancando nossas bandeiras, ofendendo e agredindo fisicamente nossos militantes, tudo com o objetivo de desmoralizar os partidos e organizações da classe trabalhadora. 

Esses ataques têm sucedido na maior parte das manifestações que ocorrem pelo país e Maringá não é diferente. Na manifestação do dia 18 os militantes do PSTU foram literalmente atacados por estes provocadores de ultradireita. E se é verdade que conseguimos resistir de forma honrosa e manter nossas bandeiras de pé, não é menos verdade que infelizmente outros partidos operários e de esquerda tiveram uma atitude conivente com essa postura antidemocrática, capitulando aos setores de direita e nos deixando à mercê dos provocadores e militantes fascistas. 

Entretanto, longe de fortalecer o movimento, a conivência de setores de esquerda a essa postura antidemocrática somente nos enfraquece e abre espaço para que a direita tome o controle e a direção das manifestações. Hoje exigem que os partidos e organizações de esquerda baixem suas bandeiras, amanhã impedirão nossas camisetas e faixa, a seguir ordenarão que nos retiremos dos atos... E caso não aceitemos não temos dúvida de que se organizarão para nos tirar “a pauladas”. 

* Diante disso fazemos um chamado democrático de auto-defesa a todos os partidos políticos para que reavaliem sua conduta e junto com as outras organizações dos trabalhadores, populares e estudantis (sindicatos, organizações estudantis e outros movimento sociais) e se somem a nós do PSTU para construir uma frente classista contra os ataques da direita e da ultradireita infiltradas no movimento. 

Por liberdades democráticas dentro do movimento! 

Pelo livre direito de se organizar e manifestar!

Por liberdade de expressão, inclusive político-partidária e de uso e hasteamento de bandeiras!

Somente a luta consciente dos trabalhadores e da juventude poderá mudar o país!

Direção Regional do PSTU-Maringá
19/06/2013

* modificado em 20/06/2013 às 16:15

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Movimento conquista diminuição do preço da passagem em Maringá. Mas isso é muito pouco, temos que avançar!

Terça feira (18) é dia de nova manifestação!

O Movimento contra o aumento da passagem de Maringá conquistou uma vitória parcial, a queda no preço da passagem de ônibus, de R$ 2,65 para R$ 2,55 no cartão. A manifestação ocorrida na última sexta-feira, 07/06 em frente ao Terminal urbano, que contou com cerca de 300 pessoas, procurou dialogar com a população, e a mesma correspondeu denunciando os abusos que a empresa concessionária TCCC (Transporte Coletivo Cidade Canção) tem cometido há décadas, e tais problemas só aumentam a cada dia. 
Foto da manifestação do dia 07/06, em Maringá
Mas temos que esclarecer alguns fatos ocorridos nos últimos dias, pois a Câmara de Vereadores negociou um acordão com o Governo Pupin (responsável pelo reajuste absurdo) e a TCCC (empresa) a isenção a zero de um imposto, o ISS (Imposto sobre serviços). A tarifa havia aumentado de R$ 2,50 para R$ 2,65 no cartão (6%) e em dinheiro de R$ 2,95 para R$ 3,15 (cerca de 7%). A população foi às ruas e refutou esse aumento absurdo.

Agora, com a nova proposta, somente seria diminuído o valor a quem paga as passagens no cartão, ou seja, a população continuará pagando R$3,15 e os barões do transporte (TCCC), que venceram a licitação e tiveram o contrato de concessão renovado, continuarão enriquecendo às custas do dinheiro suado do trabalhador

Além disso, foi anunciada uma medida que integraria todo o transporte coletivo de Sarandi e Paiçandu ao de Maringá (afinal as empresas fazem parte do mesmo grupo econômico). Mas o usuário pagaria mesmo assim pela integração, não haveria integração como em Maringá. 

O que tem que ficar bem claro é que não haverá redução a quem paga em dinheiro, portanto precisamos continuar denunciando esse abuso e exigindo de Pupin (PP) a revogação do aumento da tarifa, a abertura das planilhas para sabermos o custo real, e a integração ao menor preço possível para todas as cidades, além da estatização do transporte!

Defendemos também:

- Mais ônibus, mais linhas e horários!

- Pela real valorização dos motoristas e volta dos cobradores!

- Pelo passe livre irrestrito a estudantes, desempregados e à toda a população!

- Pelo fim da concessão à TCCC e estatização do transporte público sob controle popular!

Por isso chamamos a juventude e os trabalhadores de Maringá e região para estarmos juntos nessa luta!!!

Terça feira, a partir das 17h30min, segunda manifestação no terminal em Maringá

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sábado, 8 de junho de 2013

TCCC e Prefeitura insistem no aumento da tarifa de ônibus.

Mais uma vez a população de Maringá é golpeada pelas costas e no bolso. O atual prefeito Carlos Roberto Pupin (PP), autorizou o reajuste das tarifas de transporte coletivo atendendo a exigência da empresa que explora o serviço (TCCC). A passagem passou de R$ 2,95 para R$3,15, uma das tarifas mais caras do país. A burguesia que controla boa parte do transporte público não somente em Maringá, mas também é proprietária de empresas que prestam o serviço em Sarandi e Paiçandu e faz parte do grupo que é dono da empresa de aviação GOL, aumentou em quase 7% os valores, continuando com lucros exorbitantes.

Não cumpriu com uma medida desde janeiro, abaixando a tarifa, quando o governo federal autorizou a desoneração do imposto sobre o INSS, que caiu de 20% para 2% na folha de pagamentos, ou seja, já era para o preço da tarifa ter caído bem. Também temos que dizer que o governo Dilma (PT) vem ajudando e muito estas empresas a lucrar cada vez mais e pagar menos impostos, e isso não tem se revertido em diminuição do preço das passagens. 

Além disso, no último domingo foi promulgada pelo Governo Dilma também a desoneração às empresas do recolhimento de PIS/COFINS (cerca de 3%), o que impactaria também no preço da passagem com diminuição. A TCCC alegou que o reajuste seria de 10 a 12%, já muito acima da inflação e foi justamente o que fez. Se o preço fosse reajustado de acordo com a inflação, e aplicadas as desonerações, o aumento seria baixíssimo. A TCCC manobrou jogando quase o dobro de reajuste e se justificou alegando que fez os descontos necessários. 

O que vemos é que os preços continuam subindo e os salários mais achatados, com isso a TCCC continua lucrando como antes. Devemos também denunciar o que a população já está cansada de ver, ônibus lotados, poucos horários e linhas em relação ao crescimento da cidade e aumento da população, serviço ruim, trânsito caótico, superexploração dos motoristas que desempenham dupla função, pois também são cobradores, enfim, problemas não faltam. Tudo isto acontece pois a TCCC é uma empresa privada e como no capitalismo não há saída, estas empresas só visam seus lucros.

Para as cidades de Sarandi e Paiçandu, os valores foram aumentados para R$ 2,80, sem contar que não há integração entre os ônibus destas cidades e Maringá, portanto, quem vem ou vai para estas cidades paga 2 passagens, e a absoluta maioria dos trabalhadores de Sarandi e Paiçandu depende do transporte para vir trabalhar em Maringá. 

Vários exemplos de manifestações têm surgido Brasil afora, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Porto Alegre (onde os estudantes e a população conseguiram com muita pressão o recuo no aumento). 

Só em um exemplo, trabalhadores na Holanda ou na Alemanha, mesmo tendo carros, preferem andar de ônibus, trens, metrô, VLT, pois são mais eficientes e baratos, contribuindo para não haver congestionamentos. 

Para começarmos a ter um transporte verdadeiramente público, a preço de custo, de qualidade, o PSTU defende as seguintes medidas:

- Pela revogação imediata do aumento da passagem!

- Pela abertura das planilhas e transparência nos custos!

- Pela valorização dos motoristas e volta dos cobradores, mais linhas, ônibus e horários!

- Pela integração do transporte coletivo de Maringá com todos os municípios da região ao menor preço possível!

- Pela estatização do transporte coletivo público sob controle popular!

- Passe livre irrestrito a estudantes, desempregados e à população!

Veja fotos da manifestação contra o aumento das passagens:



quinta-feira, 6 de junho de 2013

POR QUE APOIAMOS A OCUPAÇÃO INDÍGENA DA SEDE DO PT EM CURITIBA?

Nota Pública do PSTU - Paraná 
Um grupo de aproximadamente 30 índios da tribo Kaingangue ocupou na manhã desta segunda-feira (3) o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) do Paraná em Curitiba. Eles viajaram durante a madrugada do município de Mangueirinha, no sudoeste do Estado, até a capital e protestaram, com toda razão, contra a postura da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman (PT) (pré-candidata a Governadora do Estado) que no último dia 7 - a pedido do Governo Dilma (PT) - anunciou a suspensão da demarcação de terras indígenas no Paraná. 

PT E AGRONEGÓCIO NO PARANÁ: UMA RELAÇÃO DURADOURA E ESTÁVEL 

Não é de hoje que nós do PSTU denunciamos a relação promíscua do Partido dos Trabalhadores (PT) do Paraná com o Agronegócio. Já alertávamos a base desse partido sobre o perigo dos conchavos políticos que culminaram no apoio ao candidato Osmar Dias (PDT) reconhecidamente ligado aos fazendeiros do estado. Muitas direções sindicais inclusive foram “de mala e cuia” pra campanha eleitoral chamar voto no fazendeiro sob o triste argumento de “mal menor”. 

Agora, os ruralistas pediram a suspensão de todos os processos de demarcação e foram prontamente atendidos por Gleisi Hoffman (PT) e Dilma (PT). Embora neguem, a ação encabeçada por Gleisi tem claros contornos eleitoreiros, já que, provavelmente, vai buscar o financiamento de fazendeiros da região para sua campanha pra governadora em 2014.Recentemente, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, criticou os atuais critérios para a demarcação de terras indígenas durante audiência da bancada ruralista no Congresso. Ela propôs a criação de um novo sistema de demarcação que tira poderes da Funai e envolve a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), órgão público mas próximo ao agronegócio, demonstrando a intenção de ingerência direta nas terras indígenas. 

INDÍGENAS DENUNCIAM TENDÊNCIA DE AUMENTO DA VIOLÊNCIA, PRECONCEITO E MORTES! 

Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que “o governo brasileiro demonstra íntima sintonia com os interesses ilegítimos e ilegais da bancada ruralista e da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) que buscam o estabelecimento de uma moratória absoluta nos procedimentos demarcatórios no país”. E alerta: “o aprofundamento da retração nos procedimentos de demarcação das terras indígenas decorrente dessa iniciativa irá potencializar os conflitos fundiários envolvendo os povos detentores do direito e os ocupantes de boa ou má fé destas terras”. 

Nos últimos dias acompanhamos o assassinato de um indígena Terena durante uma reintegração de posse executada pela Polícia Militar e Federal na fazenda Buriti, Sidrolândia (MS). A violência e o número de mortes tende a aumentar também no Paraná, principalmente no Oeste (Guairá, Mal. Rondon, Palotina, Assis Chat., Terra Rocha, etc.) e Sudoeste (região de Mangueirinha) entre indígenas e latifundiários, regiões onde já começa a se desenhar conflitos. 

Com essa medida o Governo Dilma e o PT do Paraná, através de sua principal figura pública (Gleisi Hoffman), assinam a sentença de morte das nações que hoje vivem em territórios já muito reduzidos. O governo petista se torna responsável pelos conflitos, assassinatos e extermínio dos indígenas, processo que já estamos assistindo nas aldeias Guarani-Kaiowá, Kaingang e nas etnias presentes em Belo Monte, entre outros, que já vivem encurralados por jagunços de fazendeiros. Neste processo, o PT do Paraná, lamentavelmente, cumpre um papel de protagonista. 

Nesse sentido apoiamos a ocupação indígena da sede do PT em Curitiba e defendemos: 

- TODO APOIO A CAUSA INDÍGENA! 

- BASTA DE LATIFÚNDIO E AGRONEGÓCIO! 

- DEMARCAÇÃO DAS TERRAS JÁ! 

- CHEGA DE PRECONCEITO, VIOLÊNCIA E ASSASSINATOS CONTRA INDÍGENAS!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A saúde em Sarandi vai de mal a pior!

Upa: "Apenas um problema "

Constantemente ouvimos reclamações sobre as condições de atendimento da Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Sarandi. Isso é um fato que pode ser observado por qualquer pessoa que precisa de tal atendimento. Mas o problema é muito maior que a questão da UPA. Apesar do problema da UPA já ser, por si só, uma enorme preocupação no que se refere à saúde em Sarandi, quando observado o todo, a situação da saúde no município é muito mais grave!

As Unidades Básicas de Saúde (postos de saúde) passam por uma situação de abandono. Devido à falta de funcionários, podemos encontrar postos de saúde com graves problemas de higiene. Os funcionários da limpeza chegam a limpar 2, 3 postos em um mesmo dia. Isso inclusive já acarretou protestos chegando ao ponto de ter uma unidade fechada. E isso não é só! Faltam materiais, prejudicando a realização de diversos procedimentos e a esterilização que era feita no NIS III está paralisada.


Se isso não bastasse, temos que enfrentar intermináveis filas formadas ainda de madrugada, que levam idosos e crianças para situações onde as enfermidades só tendem a se agravar; a falta de ambulâncias leva os pacientes ao desespero e à insegurança. O Programa de Saúde da Família (PSF) não funciona! Sequer a Kombi do programa está em condições de uso, o que impossibilita as visitas médicas e de enfermagem.

Profissionais da saúde: Desrespeito é a marca desse governo.

A situação dos profissionais de saúde não é diferente. Os baixos salários e as péssimas condições de trabalho fazem com que esses trabalhadores sejam realmente heróis, tendo que se desdobrar para garantir o mínimo de atendimento. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) trabalham em condições tão precárias que sequer uniforme possuem. Isso sem falar nos baixos salários e na falta de funcionários para atender a população.

É sabido de todos os vários problemas por que passa a cidade de Sarandi, não apenas na pasta da saúde. A corrupção na Secretaria de Educação pode ser apenas a ponta de um gigantesco “iceberg”. O PSTU defende uma ampla auditoria independente na Secretaria de Saúde, além de medidas urgentes como abertura imediata de Concurso Público para a contratação de profissionais da área, o pagamento do Piso Salarial Nacional para os Agentes Comunitários, a formação de todas as equipes do Programa Saúde na Família e condições para que o programa funcione, dentre outras medidas.

Sabemos que os problemas da saúde não estão somente no município de Sarandi. Por isso, cobramos dos Governos Federal que no mínimo dobre os investimentos em Saúde Pública, imediatamente.Nos últimos anos, o governo Dilma (PT) destinou em média 45% do orçamento para encher o bolso dos banqueiros com juros e amortizações de uma "dívida que já foi paga. Por outro lado, investe menos de 4% na saúde. Ou seja: banquete para os ricos, migalhas para os trabalhadores. É preciso parar de pagar a dívida para poder investir em saúde, educação, moradia, através de um plano de obras públicas e contratações via concurso. 

Governando para os ricos empresários, os governos Dilma (PT), Beto Richa (PSDB) e Aguiar (PPS) não estão interessados em resolver o problema da Saúde Pública.É preciso uma ampla campanha cobrando mais investimentos e atenção à saúde, além da responsabilidade por parte dos governos com a vida dos trabalhadores, idosos e jovens. Somente um governo comprometido com os trabalhadores pode modificar essa situação.