NOTA ESTADUAL DO PSTU SOBRE OCUPAÇÃO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO PARANÁ
Em 2010 a população do Paraná votou massivamente em Beto Richa, elegendo o PSDB para o governo do Estado, na expectativa que os graves problemas de saúde, educação, segurança e infraestrutura pudessem mudar e melhorar suas vidas.
Passado um ano de governo as promessas de melhora na vida dos paranaenses ficaram no discurso bonito do jovem Governador. Alertávamos durante a campanha que a eleição de Richa seria a volta da política do grupo de Lerner, agora numa nova roupagem.
Por outro lado, a eleição de Osmar Dias (PDT) significaria, pelas suas relações com grandes empresários e latifundiários, um governo contrário aos interesses da população trabalhadora do Paraná.
Desde a campanha e também em seu discurso de posse, Beto Richa deixou claro que modificaria a forma de governar: faria uma gestão pública de resultado. Isso significava na prática, a introdução de novos mecanismos de gestão, como: a) o aumento da capacidade de endividamento do Estado; b) o estabelecimento de contratos de gestão, para que os setores privados tivessem mais espaço no governo e pudessem “modernizar” a máquina pública.
O resultado desta nova gestão para os trabalhadores
O significado desta nova forma de governar já trouxe alguns resultados na vida dos trabalhadores: a) tarifaço do Detran, com o aumento abusivo e ilegal das taxas pagas pela população; b) orçamento público voltado a aumentar as dívidas do Estado; c) a privatização dos serviços públicos.
A primeira tentativa de privatização foi contra a Copel, depois de muito questionamento o governo recuou. Agora, avançando na verdadeira face do governo do PSDB no Estado, o Governo Beto Richa propôs, sem qualquer discussão democrática com os paranaenses, um projeto de lei sobre as chamadas OS (Organizações Sociais), que na prática significa a possibilidade de privatização de serviços públicos, com o repasse de dinheiro público diretamente para o setor privado, para que estas organizações privadas administrem e executem os serviços que seriam responsabilidade do Estado e que são direito da população trabalhadora.
Todos nós sabemos que os empresários vivem de lucros, que ninguém investe sem a expectativa de obter resultados financeiros. Por isso a lógica de privatizar os serviços públicos em todos os governos, seja do PT, em nível federal, seja do PSDB, em níveis estaduais, significou a piora dos serviços, o ataque aos direitos dos servidores, a remessa de dinheiro público para o setor privado.
Neste momento a Assembléia Legislativa do Paraná está ocupada por centenas de ativistas contrários ao projeto de privatização do governo Beto Richa.
Nós do PSTU manifestamos todo nosso apoio à ocupação, como um ato legítimo e necessário, e nos colocamos ao lado da população trabalhadora do Paraná contra a privatização dos serviços públicos e pela aplicação dos recursos públicos direta e exclusivamente nos serviços essenciais, valorizando os servidores, melhorando a estrutura e o serviço público para os trabalhadores usuários.
Por isso defendemos:
ü A retirada do Projeto de Lei que prevê a terceirização dos serviços públicos do Paraná;
ü Pelo aumento do orçamento público para a educação, saúde e habitação popular;
ü Suspensão imediata do pagamento da dívida pública para direcionar os recursos para as áreas de interesse da população;
ü Contra a criminalização dos lutadores e dos movimentos sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário