Neste dia 7, professores e estudantes paralisaram suas atividades e foram às ruas de Curitiba e do interior do Paraná, em uma manifestação não vista há muito tempo nas Universidades do estado.
Desde que assumiu o Governo, Beto Richa/PSDB, promove ataques intensos as IEES do Estado, em um claro desmonte do ensino público. Somente no ano passado, 38% do orçamento geral foram cortados. No início deste ano, o ataque veio através de um decreto que prevê o fim da autonomia universitária (meta 4). Aliado aos ataques, as FGs dos reitores foram aumentados em 128%, mostrando que o lado do governo não é o mesmo de alunos, professores e técnicos.
Um claro projeto de privatização e sucateamento das Universidades Públicas se avizinha no Paraná. Na Universidade Estadual de Maringá, as “bolsas trabalho” foram pagas com atraso no mês de fevereiro. Motoristas e professores são obrigados a pagar suas diárias de viagens do próprio bolso por falta de custeio. Em outras universidades, a situação é até pior, existindo situações onde 60% dos trabalhos são executados por bolsistas. Na UNICENTRO, políticas de assistência estudantil são praticamente inexistentes.
A situação obrigou professores e estudantes a saírem às ruas e mostrar sua indignação.
Ontem tivemos um dia vitorioso no estado. Cerca de 700 pessoas foram à Curitiba e marcharam até o Palácio do Iguaçu em um animado ato. Em Londrina, professores e técnicos trancaram os portões da UEL, deixando funcionar apenas os serviços essenciais. Na UEM uma assembleia com mais de 300 professores marcou o período da manhã e no final da tarde uma passeata com cerca de 200 estudantes marcou o final do dia de manifestações. Assembleias e atos foram realizados em demais cidades do estado, mostrando a força do movimento.
CSP-CONLUTAS e ANEL presente nas Lutas!
Parte importante dos sindicatos que convocaram a paralisação são ligados ao ANDES-SN e participam da CSP-CONLUTAS. Em contraposição aos sindicatos mistos, o ANDES-SN sai na frente das mobilizações estaduais e já conseguem vitórias parciais.
Nas entidades estudantis (DCE’s e CA’s) onde a ANEL está presente não foi diferente. A juventude mostrou que está disposta a lutar, puxando assembleias de curso e impulsionando as manifestações em locais importantes do estado.
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