segunda-feira, 26 de abril de 2010

É hora de mobilizar

Governo mantém reajuste de 6,14% para aposentados; todos a Brasília nesta terça-feira (27)


Votação de reajuste de 6,14% para aposentados será votado na Câmara Federal na terça-feira (27)



Deu na UOL Notícias nesta sexta-feira (23) que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o Executivo voltou a defender um reajuste de 6,14% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo, ao sair de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministérios da área econômica e Casa Civil, nesta sexta-feira (23), em Brasília.



O reajuste de 7% que o governo Lula alardeava que havia sido acordado com centrais sindicais e com representantes dos aposentados já foi por água abaixo.



De acordo com a notícia, o ministro declarou que ficou evidente que, nas últimas semanas, não existe mais essa proposta de 7%. “Essa proposta desapareceu. Em função disso, o governo mantém os 6,14%”, teria dito.



O relator da medida provisória (MP 475) na Câmara e líder do governo na Casa Legislativa, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), perdeu apoio para sua proposta de aumento escalonado. Quem recebe de um até três salários mínimos teria reajuste de 7,7% e quem ganha acima de três salários mínimos ficaria com aumento de 6,14%. Enquanto isso estava sendo discutida uma proposta entre as centrais sindicais e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), em torno de um aumento de 7,7%. A proposta não agradou o presidente que diz que o impacto na folha seria enorme.



Depois de toda a polêmica, ao que tudo indica é que o reajuste deverá ficar mesmo em 6,14 %. O parecer será apresentado por Vacarezza na terça-feira (27) para votação no plenário da Câmara.



Mobilizar já - Diante disso, a Conlutas, que estará com representação na data em Brasília, conclama as entidades de aposentados e sindicais para que compareçam à Câmara Federal para rechaçar essa votação.



A Conlutas já tinha um posicionamento contrário ao acordo que vinha sendo fechado entre governo, centrais sindicais e entidades dos aposentados. Esta sentença anunciada hoje na imprensa só reforça de que só é possível arrancar qualquer reivindicação por meio da mobilização. Portanto, é urgente retomar a luta por um reajuste digno aos aposentados.



Leia abaixo a nota divulgada pela Conlutas, que após o anúncio do acordo entre governo, centrais e entidades de aposentados, afirmava que este ainda era rebaixado.



Pela reposição das perdas, reajuste igual ao salário mínimo e contra o fator previdenciário



Nossa Luta é uma só!



Reajuste igual ao do salário mínimo;



Reposição das perdas impostas por FHC e Lula;



Pelo fim do Fator Previdenciário!



Depois dos ataques de FHC/PSDB já se passaram mais de sete anos do governo LULA/PT e os APOSENTADOS e pensionistas de nosso país seguem sendo DESRESPEITADOS, tendo seus direitos atacados, retirados e negados.



Agora a palavra de representantes do governo se repete. "Nós vamos indicar ao presidente o veto caso haja uma proposta com um valor maior. A nossa proposta é 6,14%, acima disso o Ministério da Fazenda vai propor ao presidente o veto", destacou o ministro da Fazenda Guido Mantega, em entrevista na Câmara, nesta quarta-feira (13/04).



Essa postura intransigente, por parte do governo, marcou mais um dia de batalha dos aposentados e pensionistas de nosso país. Representados pela Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (COBAP), suas Federações e Associações, há meses, estãos mobilizados em Brasília e em várias partes de nosso Brasil exigindo que a Câmara dos Deputados vote os projetos. Esses projetos já foram aprovados pelo Senado e garantem o Fim do Fator previdenciário, reajuste igual ao do salário mínimo, além da reposição das perdas impostas pela política de FHC e agora de Lula.



O governo reage assim porque tem base de apoio para tal. Os parlamentares da “dita” oposição (PSDB/DEM), juntamente com alguns poucos parlamentares governistas (PT/PMDB) e novamente as mesmas centrais sindicais anunciam a existência de um “novo acordo”, que seria o reajuste de 7,71% (portanto abaixo do reajuste do mínimo) em 2010 e mais 2%, acima da inflação de 2010, para o ano de 2011. Esse acordo seria votado na Câmara em detrimento do que já foi aprovado no Senado. O anuncio deste “novo acordo” é também divulgado com a concordância da COBAP e diversas federações e associações de aposentados e pensionistas.



Não concordamos com qualquer acordo que mantenha a discriminação aos aposentados e pensionistas no que se refere aos reajustes e qualquer outro direito. Entendemos que a COBAP já demonstrou que a nossa vitória dependerá da nossa unidade e de nossa mobilização contra o governo Lula, sem depositarmos qualquer confiança nesse Parlamento de corruptos. Por esse motivo, a Conlutas seguirá apoiando e participando das mobilizações que forem convocadas pelos aposentados, pensionistas e suas organizações.



A nossa luta é uma só. Devemos seguir o combate e exigir a aprovação dos projetos em defesa dos aposentados, que garanta:



Reajuste igual ao do salário mínimo;



Reposição das perdas impostas por FHC e Lula;



Pelo fim do Fator Previdenciário!



Para que tenhamos êxito será necessário intensificar as nossas ações, as nossas mobilizações e os nossos protestos.



Precisamos aumentar o tom de nossa exigência aos deputados e de denúncia do governo Lula para construirmos um dia nacional de manifestações em todo o país É preciso chamar a unidade de todos os trabalhadores, da juventude, dos camponeses da sociedade em geral.



Fazermos um chamado a todas as centrais para que rompam sua submissão ao governo e passem para o lado de nossa classe e da defesa de nossos direitos.



Executiva Nacional da Conlutas

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