Nesta quinta-feira, dia 25/07/13, os/as professores/as do município de Sarandi-PR paralisaram suas atividades e realizaram um ato vitorioso em repúdio ao descaso com que a atual administração do prefeito Carlos de Paula (PDT) e a conivência da direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Sarandi-SISMUS, ligada ao PC do B, e base do governo, vêm desferindo contra a educação na cidade.são
De Paula e o ex-secretário da educação professor Manoel (PPS) são investigados e foram afastados de seus cargos por fraudes em licitações na Secretaria de Educação do município, enquanto isso muitos problemas ocorrem na educação, como: péssima infraestrutura nas escolas e creches, falta de vagas nas creches para os pais deixarem suas crianças, os/as professores/as recebem um salário que não atende as exigências da Lei do Piso Salarial Nacional para o magistério, não têm nenhuma hora-atividade para preparar suas aulas, estudos, e muitos são obrigados a dobrar suas horas de trabalho, pois faltam profissionais, em decorrência de não se chamar concurso público, tanto para professores, como para funcionários, o que implica em sobrecarga de trabalho.
Enquanto isso, uma conivência absurda do Sindicato dos Servidores Municipais de Sarandi acontece em função da direção da entidade pertencer a um grupo político (PCdoB) que está dentro do governo,o que faz com que não só não apoie a luta dos professores, como também negam o direito democrático à assembleia da categoria.
É necessário ressaltar que a indignação dos profissionais da educação e de outros setores dos servidores já vem de algum tempo. Essa não foi a primeira movimentação e já houve como ameaça de entrar em greve no final de junho e início de julho, levando a prefeitura a antecipar o recesso escolar em uma semana para adiar a possibilidade de greve do funcionalismo.
A manifestação de 25/07/13 percorreu do centro à sede do sindicato, e encontraram a mesma fechada, os professores cobraram uma atitude combativa da direção, e em seguida se dirigiram para a prefeitura exigindo que o prefeito os atendesse.
O PSTU apóia a luta dos professores e participa do grupo de oposição à direção do sindicato, mas fica uma pergunta: quais devem ser os próximos passos do movimento?
Acreditamos que cobrar que o sindicato chame uma assembléia da categoria para ouvir os servidores sobre suas condições, unificando os diversos setores, como saúde, educação, obras, e que a própria assembléia discuta e defina que rumos tomar.
O trabalho com a população deve ser de denúncia sobre o descaso e o chamado a que se unifiquem nesta luta pelos serviços públicos e de qualidade. Além disso, exigir que o prefeito atenda as exigências do movimento, estendendo essas cobranças aos vereadores para que se posicionem a favor da luta da categoria.
Caso isso não ocorrer, os trabalhadores devem aproveitar o dia 30 de agosto, dia Nacional de Paralisações, para também paralisar suas atividades, porém, dessa vez unificando os outros setores da prefeitura.
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