Diferente do que assistimos na manifestação do dia 18/06 em Maringá, o ato do dia 22 foi extremamente vitorioso aos movimentos políticos e sociais. Partidos políticos, entidades estudantis e da classe trabalhadora se reuniram em frente ao DCE da UEM por volta das 16h para preparar faixas e cartazes para levarem ao ato. Por volta das 17h e 30 min nos somávamos aos demais manifestantes na Avenida São Paulo. Com um eixo de luta claro e bem definido, agitávamos nossas bandeiras, levantávamos nossos cartazes e cantávamos palavras de ordem contra a censura nos atos e em defesa de um transporte público de qualidade. Neste momento, éramos pouco mais de 150 pessoas, mas aos poucos nossa coluna foi ganhando corpo e identidade com os demais manifestantes que estavam próximos e nitidamente viam nossa diferenciação com o restante do ato.
“Sem Partido, memória curta, isso é coisa da ditadura”
Ao entrarmos na Avenida Tiradentes, iniciaram os gritos de “sem partido”, que rapidamente foram suspendidos por manifestantes que queriam escutar nossas palavras de ordem. Respondíamos chamando a juventude para lutar por liberdade de expressão. As manifestações duraram pouco e neste momento ativistas que estavam longe notaram nossa presença e logo vieram em nossa direção para se somar em nossa coluna. Provocadores e mascarados tentaram nos intimidar jogando bombas e fazendo ameaças, porém, nossa coesão em torno de nossa pauta não permitiu que caíssemos neste jogo da ultra-direita.
Com certeza chegamos à prefeitura de Maringá com cerca de 400 a 500 manifestantes. Era expressivo o tamanho que tinha crescido nossa coluna, assim como a declaração de apoio dos manifestantes que se somaram conosco. Porém, novamente fomos recebidos com hostilidades por provocares organizados. Sob ameaças físicas, bombas e uma tentativa de pedrada, mostrávamos quem eram os verdadeiros agressores. Uma bomba estourou no pé de uma ativista independente, mas não tivemos registros de nenhum incidente mais grave. Sob o grito de “falsos pacifistas”, dirigido aos provocadores, nossa coluna se sentou para mostrar que nossos inimigos, na verdade, são os mesmos, e estão nos governos, não nas ruas lutando. A grande maioria dos manifestantes, pacíficos, apesar de não concordarem com as bandeiras levantadas, que diga-se de passagem, eram diversas, seguiram seu caminho e ignoraram os provocadores. Para esses manifestantes honestos, só temos a dizer que respeitamos seu sentimento anti-partido. Este sentimento é fruto das desilusões nos partidos dominantes da burguesia e no PT. Teremos paciência para conquistar vossa confiança para um projeto político diferente. Porém, não nos cabe dizer a mesma coisa aos provocadores, que se organizam não para atacar aqueles que portam bandeiras, mas para agredir fisicamente militantes de esquerda. Estes, só merecem nosso repúdio!
Continuamos o ato em direção ao terminal, exigindo da prefeitura e da TCCC a redução do preço da passagem. Fechamos o terminal por cerca de 40 minutos e ensaiamos um pula catraca entre a população. Montamos um ato coeso, onde as distintas bandeiras coloriram e unificaram nossa luta. Quem olhava para o céu, além do tempo chuvoso e de nuvens carregadas, também via bandeiras vermelhas e negras tremulando no alto, gritando contra as injustiças e a opressão, pedindo um mundo mais justo para a classe trabalhadora e a juventude. Neste dia 22, a bandeira do PSTU, assim como de outros movimentos como ANEL, DCE-UEM, MST e as bandeiras anarquistas não baixaram um minuto sequer...
“Minha bandeira, não te faz mal, oportunista é o governo federal”
No meio do percurso, militantes da UNE, PCdoB e PT se somaram em nossa coluna, demonstrando a contradição de seus projetos políticos. Começaram a sentir o peso de 10 anos de governismo, 10 anos de bandeiras abaixadas, 10 anos fora das lutas e descoladas da massa de estudantes e trabalhadores. Agora, eles estavam conosco, fazendo coro com nossas palavras de ordem contra a violência da ultra-direita e por liberdades democráticas nos atos, mas também tolerando nossas palavras de ordem classistas, contra o governo de frente popular do PT que traiu a confiança e as expectativas da classe trabalhadora. Aos companheiros honestos desses partidos, não podemos deixar de fazer um chamado para que rompam com o governo. Ele é o verdadeiro responsável pelo povo nas ruas!
Seguiremos na luta, empunhando nossas bandeiras, marchando rumo ao socialismo. Convidamos todos a seguirem conosco nesta caminhada e se somar em nossas colunas nos próximos atos...
Por 2% do PIB para o transporte público já!
Por mais investimentos na saúde e educação!
Menos dinheiro para a copa! Mais investimentos em transporte, saúde e educação!
Nem direita nem PT, Trabalhadores no Poder!
Vídeo de nossa coluna:
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Maringa 22/06/2013 - Extrema direita ataca manifestantes!
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