MINHA CASA, MINHA LUTA!
No último dia 29 de junho as famílias que ocupam 42 casas no Conjunto Atenas em Maringá, conseguiram uma importante vitória no Judiciário local, ao obterem uma decisão favorável que determinou a suspensão do despejo coletivo por prazo indeterminado.
A resistência e organização dos trabalhadores foi determinante para que a Prefeitura apresentasse uma proposta de acordo que prevê: o assentamento imediato de algumas famílias, o atendimento prioritário nos programas de habitação popular de outra parte e, ainda, a garantia de que as famílias que não sejam imediatamente atendidas tenham abrigo público para organizarem sua vida.
Essa vitória é o resultado direto da disposição dos moradores de lutarem e resistirem ao despejo forçado e começarem a compreender o grave problema da moradia popular em nosso país.
O programa “Minha Casa, Minha Vida”, propagandeado como uma das principais intervenções do governo do PT na área social está, há mais de seis, sem qualquer liberação de verba ou entrega de casas populares para os trabalhadores que recebem até 3 salários mínimos. A maioria dos projetos liberados tem sido para favorecer as grandes empreiteiras e construtoras em contratos de financiamento que privilegiam os setores mais abastados.
A ocupação ocorrida nas casas do Conjunto Atenas, que se encontravam abandonadas há mais de três anos, num momento em que a inflação e o custo de vida aumentam a pressão sobre os trabalhadores, indica que o caminho da luta é o caminho necessário para reverter o grave problema de moradia popular em nossa região, que possui uma falta de mais de 30 mil moradias.
É impossível atender os interesses da população trabalhadora e das grandes empreiteiras e construtoras ao mesmo tempo. Por isso o desdobramento dessa luta deve ser a intensificação da mobilização popular, com o apoio da juventude e dos trabalhadores, para exigir do governo Dilma (PT) que pare de destinar dinheiro público para os grandes grupos empresariais da construção civil, envolvidos em esquemas suspeitos de corrupção de obras públicas e implemente um plano efetivo de habitação, sob controle dos trabalhadores, para a construção de casas populares em regime de mutirão.
Minha casa, minha luta!
PSTU NORTE-PR
Nenhum comentário:
Postar um comentário