Por Bruno Coga e Érika Andreassy, da Direção Regional do PSTU
Uma resposta a Marcelo de Souza,
da Folha de Maringá
http://www.folhademaringa.com.br/votacao-do-pstu-de-maringa-cai-96-em-relacao-a-eleicao-de-2008/
http://www.folhademaringa.com.br/votacao-do-pstu-de-maringa-cai-96-em-relacao-a-eleicao-de-2008/
Em sua edição de quarta-feira,
10/10, o jornal Folha de Maringá
publicou uma nota assinado pelo Sr. Marcelo de Souza, cujo título é “Votação do
PSTU de Maringá cai 96% em relação à eleição de 2008”. A nota, altamente
tendenciosa e rasa de conteúdo, tenta desqualificar o PSTU e nossa candidata à
vereadora Monica Almeida, com a apresentação de dados equivocados e a omissão
de informações para uma análise séria. Apesar de valorizarmos o debate político
e as críticas, não podemos deixar de nos posicionarmos contra esse tipo de
jornalismo baixo e barato.
Por que o PSTU?
Um fato curioso chama a atenção.
Com tantos partidos disputando às eleições, por que analisar justamente a
votação do PSTU? Por que não fazer um balanço, por exemplo, do PMDB cuja
votação no pleito atual foi muito abaixo de 2008 e não conseguiu eleger seu
candidato histórico, Mário Hossokawa? Ou mesmo o baixíssimo índice de votação
do PSDB, que só garantiu suas vagas na câmara graças à coligação com o PP?
Talvez o autor tenha simplesmente
optado por “analisar” o PSTU por se tratar de um dos principais partidos da
esquerda maringaense. Com a mesma cretinice jornalística de outros veículos de
comunicação a serviço da direita, tenta passar uma visão de que nosso partido,
assim como toda a esquerda revolucionária, “perdeu força” em nossa cidade e no
restante do país.
O PSTU cresceu nas últimas eleições
Mas ao contrário do que é
apresentado, nosso partido teve uma imensa vitória no campo das eleições
burguesas. Com a votação mais alta de todas as capitais brasileiras, Amanda
Gurgel foi eleita em Natal com mais de 30 mil votos, surpreendendo e garantindo
mais duas vagas para Frente de Esquerda na cidade. Cleber Rabelo, operário da
construção civil em Belém do Pará, também obteve uma votação surpreendente e
elegeu-se para a câmara de vereadores. Além disso, conseguimos lançar
candidaturas socialistas em diversas cidades e fizemos votações
importantíssimas, debatendo com a população e apresentando um programa
socialista aos trabalhadores. No Paraná, não foi diferente, este foi o ano em que
a esquerda socialista apresentou o maior número de candidaturas no estado.
Com relação ao que foi
apresentado pela Folha de Maringá, ou
seja, do balanço eleitoral na cidade, antes de tudo é preciso dizer que
participamos dessas eleições numa situação totalmente distinta de 2008. Nas
eleições passadas apresentamos duas candidaturas a vereador além de uma à
prefeita. É óbvio que isto tem uma influência grande no número de votos,
principalmente nos votos para a legenda do partido: quando se tem um candidato
na majoritária, os votos nesta legenda, na proporcional tendem ser muito maior
que os dos partidos coligados. Entretanto, a fragmentação da esquerda,
independentemente da soma dos votos que cada partido recebe individualmente,
longe de ser uma vitória para os trabalhadores, é um desastre. Nós acreditamos que
em 2012 nos fortalecemos com a consolidação da Frente de Esquerda PSOL/PSTU,
com o apoio do PCB em Maringá. Esta frente mostra o amadurecimento da esquerda
e que mesmo com poucos recursos, podemos enfrentar os políticos tradicionais da
cidade, que sempre governam para seus próprios interesses.
Nossa candidatura majoritária
mesmo não pertencendo diretamente ao PSTU muito nos orgulhou. Defendendo um
programa classista e sem conchavos com a burguesia, Débora, apesar de não ter
uma ampla trajetória política, mostrou ousadia e enfrentou de igual para igual
seus adversários. Esta postura se refletiu nos votos, superando nossas
expectativas, sobretudo considerando nossos escassos recursos. No caso de
Monica Almeida, nossa candidata à vereadora, cuja nota em questão tenta
indiretamente atingir, temos uma situação similar. Em sua primeira participação
em eleições burguesas, Monica, que representa a juventude do PSTU, em termos de
votos, foi muito além de nosso candidato em 2008, portanto, sua votação
expressa uma maior consolidação de nosso programa entre os jovens, muitas vezes
esquecidos e secundarizados na política. Além disso, com um programa claro de
combate às opressões e de defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, fez de seu
programa de TV um diferencial nessas eleições. Para nós, isso é motivo de grande
orgulho!
Um método de discussão pra lá de tendencioso
Quanto às informações e dados
propriamente ditos e apresentados na nota, é importante salientar que se trata
de um jornalismo vulgar e leviano. É verdade que tivemos uma queda de 63% no
número absoluto de votos em relação a 2008 -e não de 96% como foi citado- (e se
fossemos considerar os dados analisados por Souza, essa queda seria de apenas
51%), entretanto, como já dissemos acima, é preciso analisar o contexto. Primeiramente,
com dois candidatos e somando os votos na legenda obtivemos 606 votos em 2008, já
neste ano, com apenas uma candidata, fizemos 223 votos. Além disso, em termos
de votos nominais, em 2008 a média de voto por candidato foi de 177 votos, o
que significa que, com 181 votos, Monica Almeida superou a média de 2008.
Assim, pela avaliação errônea
feita por Marcelo de Souza, podemos chegar a somente duas conclusões: ou o colunista fugiu das aulas de
matemática do ensino fundamental, ou sequer pesquisou os dados para fazer sua crítica.
Tanto em uma situação como outra, uma coisa fica clara: o jornalismo da Folha de Maringá é muito pouco sério, e
recorre aos mesmos métodos dos veículos burgueses de jornalismo, que se
utilizam do privilégio de dominar os meios de comunicação para distorcer e
manipular as informações.
Por trás da nota, um
setor do PCdoB
Assim como na política, não
existe um jornalismo imparcial, tampouco o PSTU defende isso. Ao contrário do
que muitos pensam todo meio de comunicação está a serviço de uma ou outra
ideologia, nós, por exemplo, temos nossa própria imprensa. No caso da Folha de Maringá não é diferente. Esse jornal tem como seu conselheiro
editorial Humberto Boaventura, militante histórico do PCdoB, assim como diretor
editorial Marcelo Souza, um dos responsáveis pela campanha eleitoral de um
candidato do PCdoB na cidade. Portanto este
jornal está a serviço da frente popular encabeçada pelo PT e da qual o PCdo
B integra. A nota vinculada sobre o PSTU na edição do dia 10, nada mais é que
uma tentativa de desqualificar, pela via da mentira, as polêmicas levantadas
por nós durante as eleições em Maringá.
Nós defendemos o debate de
ideias, e acreditamos que a crítica é salutar ao debate, mas o fazemos abertamente,
como partido político. Gostaríamos muito, que ao invés de se esconder por trás
de um suposto “jornalismo imparcial”, o PCdoB se apresentasse também como partido
para rebater nossas críticas e assim fortalecer o debate de ideias. Mas isso
não é interessante àqueles que estão totalmente adaptados ao método sujo da
política brasileira. É uma lástima, mas lançamos este desafio: Estamos dispostos a participar de qualquer
atividade conjunta que fortaleça o debate político, seja esta uma mesa de
debates ou até mesmo um espaço igualitário nas mídias que possuímos. Fica a
cargo do PCdoB decidir se prefere continuar com suas mentiras ou recorrer ao
bom e velho método de seus militantes históricos que tanto reivindicam...
Olá, companheiros!
ResponderExcluirColocamos o blog de vocês numa lista do nosso blog: http://pstulimoeiro.blogspot.com.br/ (ver página BLOGS do PSTU). Se possível, divulguem o nosso blog no blog de vocês! Agradecemos pelo apoio!
Forte abraço!
PSTU de Limoeiro do Norte-CE