Por Bruno Coga, candidato à vice-prefeito da Coligação "Maringá Para os Trabalhadores" - PSOL/PSTU
No dia 28 de outubro novamente os eleitores estão sendo chamados a
depositar seus votos em um dos dois candidatos que pleiteiam uma vaga para a
prefeitura da cidade e assim “definir” os rumos da política municipal.
Entretanto, nem Ênio Verri, nem Pupin representam os trabalhadores, e tanto
seus programas de governo como sua aliança em nível federal demonstram que,
independentemente de quem ganhar as eleições, nenhum deles irá governar para nossa
classe. Seja qual for o resultado eleitoral a única coisa que de fato está
assegurada são os interesses dos grandes capitalistas que financiaram essas
duas candidaturas depositando rios de dinheiro em suas campanhas. Diante disso,
a única opção que nos resta é chamar voto nulo, crítico e de protesto! E seguir
organizando os trabalhadores para lutar.
A direita e o PT: Lados distintos da mesma moeda
Lula e Haddad (PT) selando acordo com Maluf-PP |
Além disso, apesar de “adversários”
nas eleições municipais, PP e PT são aliados na esfera federal. O Ministério
das Cidades, do governo Dilma é dirigido pelo PP de Pupin e da família Barros.
O próprio Ricardo Barros, já foi vice-líder do governo Lula como Deputado
Federal e Paulo Maluf, figura histórica do PP, declarou apoio ao candidato
petista Haddad para a prefeitura de São Paulo em um ato polêmico. Por outro
lado, a política que o PP aplica na cidade não difere em nada da que o PT
aplica no país. Se em Maringá, por exemplo, o PT critica a concessão do
transporte coletivo dada à TCCC, esquece de falar das privatizações dos
aeroportos e de estradas federais no país, efetuada pelo governo Dilma. Assim
como a direita, o PT optou por governar para a burguesia. De fato, durante os
10 anos de PT no governo federal, “nunca antes na história deste país”, os
banqueiros ganharam tanto dinheiro. Em contrapartida, o aumento nos
investimentos em saúde, educação, saneamento, transporte foram mínimos.
Voto útil no segundo turno é o voto NULO, crítico e de protesto!
Durante
toda a campanha eleitoral o PSTU denunciou que nenhuma destas candidaturas
seria uma alternativa para os trabalhadores e oprimidos, pois é impossível
governar para todos quando se é financiado pelo grande capital.
É verdade que Pupin representa a
continuidade de um governo de direita, mas sabemos que o compromisso que Ênio
Verri assumiu nessas eleições foi com os banqueiros e grandes investidores da
construção civil e não com os trabalhadores e os setores mais oprimidos da
sociedade. Portanto, não podemos vender ilusões aos trabalhadores! Chamamos
voto nulo no segundo turno por acreditar que nem Pupin nem Ênio Verri estarão
comprometidos com as revindicações da classe trabalhadora.
Nenhum dos dois estará disposto a
acabar com a falta de vagas nas creches e zerar as filas consultas
especializadas sem a terceirização de serviços, ou mesmo municipalizar o
transporte coletivo para reduzir o custo da passagem. Chamamos o voto
nulo para combater as políticas neoliberais que tanto Pupin como Ênio Verri
seguirão aplicando caso vençam as eleições, já que estão comprometidos com os
mesmos grupos capitalistas que financiaram ambas as campanhas.
Por outro lado não compactuamos com a posição do PSOL de se abster nesse
2º turno. Diferente
dos companheiros do PSOL, que preferiram o abstencionismo, conforme a
declaração de Débora Paiva de que “é hora do eleitor maringaense votar no menos
pior”, nós do PSTU, dizemos para os trabalhadores e oprimidos que agora o melhor caminho é o voto nulo, crítico e de
protesto, já que nenhum dos candidatos tem o mínimo compromisso com a nossa classe. Não existe um
“menos pior”. Não há alternativa para os trabalhadores neste segundo turno. Mas, uma
grande soma de votos nulos ajudará a enfraquecer o futuro governo que, ganhe
quem ganhar, será nosso inimigo.
É
preciso mobilizar e lutar por uma cidade para os trabalhadores
Não
temos dúvidas do importante papel que cumprimos nessas eleições, de termos
feito parte de uma Frente que apresentou um programa de ruptura verdadeira com
todos os interesses dos que privatizam a
cidade. E para o segundo turno até agora somos o único partido que defende o
voto nulo de maneira clara e aberta. Mas para além do voto, é necessário
fortalecer nossa organização nos bairros, nos sindicatos, nos movimentos
populares, nos movimentos de luta contra a opressão e no movimento estudantil,
para construirmos uma oposição de esquerda ao próximo governo, que não dê um
minuto de trégua, exigindo cada promessa vazia feita durante a campanha de que
iriam melhorar a vida dos trabalhadores e denunciando sistematicamente a que
interesses eles servirão.
Queremos
convidá-lo também a conhecer o PSTU, um partido diferente, que se constrói nas
lutas do cotidiano, contra a opressão e a exploração capitalista e em defesa de
uma sociedade socialista. Venha se filiar e construir conosco esta ferramenta.
Venha para o PSTU!
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