Ato público em defesa dos bombeiros e contra a repressão de Sérgio Cabral ocorre neste dia 5, a partir das 9h, na ALERJ
DA REDAÇÃO
• As cenas da brutal repressão da polícia de Sérgio Cabral (PMDB) aos bombeiros mobilizados no Rio chocaram o país. O Bope atacou os trabalhadores com violência e, segundo a deputada estadual do PSOL, Janira Rocha, que estava no local, com tiros de fuzil. Mulheres e crianças também estavam no local e uma tragédia poderia ter acontecido. Agora, 439 trabalhadores estão presos e indiciados em crimes que podem levar a até 12 anos de prisão.
É preciso o total e imediato repúdio de todas as organizações classistas e populares a esse ato bárbaro de Sérgio Cabral, que representa mais um passo na criminalização dos movimentos sociais no estado, a exemplo dos 13 manifestantes detidos durante um protesto contra a visita de Obama ao Brasil, em março.
A Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, que esteve reunida durante esse dia 4 de junho em São Paulo, aprovou uma moção de repúdio à repressão. Nesse dia 5, domingo, a categoria realiza um ato público na Assembleia Legislativa do Rio contra as prisões. A CSP-Conlutas e o PSTU-RJ apoiam incondicionalmente a mobilização.
Leia a nota:
Bombeiros do RJ são presos violentamente; imediata libertação
O governador Sergio Cabral mandou prender 2.000 bombeiros no Rio de Janeiro, que ocuparam ontem à noite o Quartel Central dos Bombeiros, com esposas e crianças. Hoje, às 6h10, o BOPE invadiu o local usando bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo e prendeu 600 bombeiros. Uma criança de dois anos foi hospitalizada por ter inalado gás.
Após quase um mês em greve, os bombeiros haviam suspendido a paralisação e aguardavam uma negociação com o governo por melhores condições de trabalho e reajuste salarial, uma vez que recebem o piso mais baixo do país, R$ 986,00. Eles reivindicam R$ 2 mil de salários.
A CSP-Conlutas repudia veementemente esse ato arbitrário e violento do governo do Rio de Janeiro. Os bombeiros prestam um serviço essencial à sociedade e de risco, por isso não podem receber salários aviltantes e trabalhar em péssimas condições.
Exigimos a imediata libertação dos presos e nenhuma punição aos bombeiros em luta; abertura de negociação, com o atendimento das reivindicações da categoria.
CSP-Conlutas
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