Mais uma vez a população de Maringá é golpeada pelas costas e no bolso. O atual prefeito Carlos Roberto Pupin (PP), autorizou o reajuste das tarifas de transporte coletivo atendendo a exigência da empresa que explora o serviço (TCCC). A passagem passou de R$ 2,95 para R$3,15, uma das tarifas mais caras do país. A burguesia que controla boa parte do transporte público não somente em Maringá, mas também é proprietária de empresas que prestam o serviço em Sarandi e Paiçandu e faz parte do grupo que é dono da empresa de aviação GOL, aumentou em quase 7% os valores, continuando com lucros exorbitantes.
Não cumpriu com uma medida desde janeiro, abaixando a tarifa, quando o governo federal autorizou a desoneração do imposto sobre o INSS, que caiu de 20% para 2% na folha de pagamentos, ou seja, já era para o preço da tarifa ter caído bem. Também temos que dizer que o governo Dilma (PT) vem ajudando e muito estas empresas a lucrar cada vez mais e pagar menos impostos, e isso não tem se revertido em diminuição do preço das passagens.
Além disso, no último domingo foi promulgada pelo Governo Dilma também a desoneração às empresas do recolhimento de PIS/COFINS (cerca de 3%), o que impactaria também no preço da passagem com diminuição. A TCCC alegou que o reajuste seria de 10 a 12%, já muito acima da inflação e foi justamente o que fez. Se o preço fosse reajustado de acordo com a inflação, e aplicadas as desonerações, o aumento seria baixíssimo. A TCCC manobrou jogando quase o dobro de reajuste e se justificou alegando que fez os descontos necessários.
O que vemos é que os preços continuam subindo e os salários mais achatados, com isso a TCCC continua lucrando como antes. Devemos também denunciar o que a população já está cansada de ver, ônibus lotados, poucos horários e linhas em relação ao crescimento da cidade e aumento da população, serviço ruim, trânsito caótico, superexploração dos motoristas que desempenham dupla função, pois também são cobradores, enfim, problemas não faltam. Tudo isto acontece pois a TCCC é uma empresa privada e como no capitalismo não há saída, estas empresas só visam seus lucros.
Para as cidades de Sarandi e Paiçandu, os valores foram aumentados para R$ 2,80, sem contar que não há integração entre os ônibus destas cidades e Maringá, portanto, quem vem ou vai para estas cidades paga 2 passagens, e a absoluta maioria dos trabalhadores de Sarandi e Paiçandu depende do transporte para vir trabalhar em Maringá.
Vários exemplos de manifestações têm surgido Brasil afora, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Porto Alegre (onde os estudantes e a população conseguiram com muita pressão o recuo no aumento).
Só em um exemplo, trabalhadores na Holanda ou na Alemanha, mesmo tendo carros, preferem andar de ônibus, trens, metrô, VLT, pois são mais eficientes e baratos, contribuindo para não haver congestionamentos.
Para começarmos a ter um transporte verdadeiramente público, a preço de custo, de qualidade, o PSTU defende as seguintes medidas:
- Pela revogação imediata do aumento da passagem!
- Pela abertura das planilhas e transparência nos custos!
- Pela valorização dos motoristas e volta dos cobradores, mais linhas, ônibus e horários!
- Pela integração do transporte coletivo de Maringá com todos os municípios da região ao menor preço possível!
- Pela estatização do transporte coletivo público sob controle popular!
- Passe livre irrestrito a estudantes, desempregados e à população!
Veja fotos da manifestação contra o aumento das passagens:
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