quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Trabalhadores atropelam a CUT e entram em greve em Taubaté


Volks e Ford podem entrar em greve nesta quarta


[22/09] Depois da CUT ter fechado um acordo rebaixado com o Sinfavea (montadoras), dividindo a categoria metalúrgica que seguia fortemente mobilizada nos estados de São Paulo e Paraná, os trabalhadores da própria base cutista começam a reagir e atropelar essas direções pelegas.

Nesta terça-feira, dia 22, os trabalhadores da Volks e da Ford, em Taubaté, votaram greve a partir desta quarta-feira, dia 23, caso as montadoras não garantam o mesmo reajuste superior conquistado pelos metalúrgicos da GM em São José.

De forma antidemocrática, no ABC e em Taubaté, a CUT fechou o acordo com o Sinfavea, no último dia 12, sem realizar assembleias nas fábricas.

Com os acordos superiores fechados posteriormente na Honda, Toyota, Renault e Volvo e, nesta semana, na GM de São José, os metalúrgicos de Taubaté ficaram ainda mais indignados com a CUT e foram pra cima dos pelegos.

Pressionados, eles tiveram de voltar a negociar. Em assembleia nesta terça, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté apresentou uma proposta de pagamento de mais um abono de R$ 1.300 em duas parcelas e 1,66% de reajuste em outubro de 2010.

Porém, a direção cutista de Taubaté foi vaiada pelos trabalhadores, que rejeitaram a proposta e decidiram pela greve.

Na luta, metalúrgicos superam acordos rebaixados da CUT

Esta semana, a luta dos metalúrgicos da GM de São José conseguiu romper o reajuste rebaixado de apenas 6,53% fechado pela CUT com o Sinfavea e, nesta segunda-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (filiado à CONLUTAS) fechou acordo de reajuste salarial de 8,3%, sendo 3,7% de aumento real, mais abono de R$ 1.950.

Juntamente com os companheiros da Honda, Toyota (Campinas), Renault e Volvo (Paraná), que também entraram em greve, provamos que, com luta, é possível arrancar aumentos superiores. A Volks, no Paraná, ainda está em greve.

Aliada do governo e dos patrões, a CUT, mais uma vez, traiu os trabalhadores. Muito antes do jogo acabar, a central governista jogou a toalha e fez a vontade dos patrões, fechando acordos vergonhosos, com apenas 2% de aumento real.

Porém, na luta, os trabalhadores podem derrotar os pelegos e garantir conquistas maiores.

“Diante da traição da CUT os trabalhadores estão passando por cima destas direções pelegas. E, de fato, é com luta que se faz conquistas. O Sindicato de São José apóia a mobilização dos trabalhadores, pois é com luta que vamos garantir a conquista para todos”, afirmou o diretor do Sindicato, Luiz Carlos Prates, Mancha.


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